A Ponte de Viana vista pelo nosso conterrâneo

No dia 30 do mês de junho, a Câmara Municipal de Viana do Castelo comemorou os 140 anos da ponte metálica que liga Darque à cidade, construída pela Casa Eiffel de Paris, comemoração a que o município deu devido relevo. Mesmo assim em nossa opinião faltou quem naquele ato declamasse o mais expressivo poema a ela dedicado, que para sermos francos, não conhecemos muitos mais, e cuja autoria é de um habitante de Vila de Punhe.
Castro Gil compôs o poema. Atrás desse está um homem de enorme expressão universal, que foi o Prof. Doutor Cónego Amadeu Torre, de Vila de Punhe, e que o escreveu aqunado do centenário da Ponte, em 1978.

Portanto aqui fica este testemunho, que servirá também de homenagem deste Jornal a todos os que deram o seu contribuo para a construção da Ponte de Viana e ao nosso conterrâneo Amadeu Torre, pelo seu poema.

Vila de Punhe orgulha-se das suas gentes e Amadeu Torre é também um desses. O poema presta homenagem a Eiffel, que elaborou o projeto da Ponte e permitiu que a circulação entre as duas margens do rio Lima fosse facilitada.

Trinta de junho de setenta e oito. A Ponte
Abraça as duas margens do espraiado Lima
Dois tabuleiros fortes, um do outro em cima.
Mas jamais nenhum deles barca de Caronte.

É que dos lados ambos quem o belo estima
Vê-o nos campos e nos vales e no monte,
Seja o do Faro de Anha, adiante no horizonte
Seja Santa Luzia, que em beleza prima.

Foi Eiffel, que em Paris ficaria imortal
Na Torre a lembrar certame universal
Quem lançou o abraço agora repetido

Assim as duas ribas aproximadas,
Mais conhecidas no convívio e mais amadas.
O Lima enfim, deixou de ser o Leres do olvido.

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