O distrito de Viana do Castelo conta a partir de hoje com um Centro de Interface Tecnológico Industrial (CITIN) constituído para ajudar as empresas transformadoras na inovação, disse o presidente do Instituto Politécnico.
Em declarações à agência Lusa, Carlos Rodrigues adiantou que a constituição daquele centro foi hoje “notarialmente formalizada, através de escritura, por 17 sócios fundadores com um capital social de 360 mil euros”.
Segundo o presidente do Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC), após a constituição formal do CITIN, cuja sessão decorreu hoje na Escola Superior Agrária (ESA), em Ponte de Lima, a primeira assembleia geral ficou marcada para dia 12 de maio, às 16h para a constituição dos órgãos sociais”.
“O distrito de Viana do Castelo era a única sub-região do Norte que não tinha uma infraestrutura destas, um centro de interface tecnológico de apoio às empresas transformadoras, sobretudo tendo em conta O Plano de Recuperação e Resiliência (PRR)”, disse.
Para Carlos Rodrigues, a região Norte “é extremamente empreendedora, é mais exportadora que importadora e, dentro do Norte, o distrito de Viana do Castelo é o que mais dinamismo mostra nessa atividade”.
“Para reforçar isso é preciso enfatizar o conhecimento e o conhecimento é, por um lado a capacitação dos ativos, mas é também inovação, desenvolvimento de novos produtos e internacionalização”, sublinhou.
O novo centro vai ter sede na In.Cubo”, em Arcos de Valdevez, no distrito de Viana do Castelo.
Carlos Rodrigues explicou que a missão da nova estrutura é “facilitar” o apoio à indústria do Alto Minho.
“São três anos de trabalho do IPVC que é coroado com sucesso. É o fim de um ciclo e o início de outra que é agora o desenvolvimento da associação”, sublinhou o responsável, referindo-se à criação de “uma associação sem fins lucrativos, que integrará empresas, entidades do sistema científico e tecnológico nacional, como é o caso do politécnico, a Comunidade Intermunicipal (CIM) do Alto Minho, a Confederação Empresarial do Alto Minho (CEVAL), a Associação para o Centro de Incubação de Base Tecnológica do Minho (ACIBTM)”.
Carlos Rodrigues adiantou que entre os sócios fundadores estão ainda “12 das mais importantes empresas instaladas na região, entre elas, a WestSea, subconcessionária dos extintos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC), a DS Smith, antiga Europac, a BMVIV”.
Anteriormente à Lusa, o responsável explicou que “as empresas, principalmente as de pequena e média dimensão, mais características da região não têm a capacidade de poder deslocar recursos humanos para se dedicarem à inovação, à investigação aplicada ao desenvolvimento”.
“Este centro será muito mais focado no trabalho com as empresas e para as empresas, prestando serviços de apoio à inovação, ao desenvolvimento de novos produtos, à internacionalização para as empresas do Alto Minho”, especificou Carlos Rodrigues.
O novo centro será instalado na In.Cubo, na freguesia de Guilhadeses, em Arcos de Valdevez. Criada em 2007, aquela incubadora de iniciativas empresariais é participada pela Câmara de Arcos de Valdevez, pelo IPVC e pela Associação para o Centro de Incubação de Base Tecnológica do Minho (ACIBTM).
Com cerca de cinco mil alunos, o IPVC tem seis escolas – de Educação, Tecnologia e Gestão, Agrária, Enfermagem, Ciências Empresariais, Desporto e Lazer -, ministrando 28 licenciaturas, 40 mestrados, 34 Cursos de Técnicos Superiores Profissionais (CTESP) e outras formações de caráter profissionalizante.
Além das escolas superiores de saúde, educação e tecnologia e gestão, situadas em Viana do Castelo, o IPVC tem escolas superiores instaladas em Ponte de Lima (Agrária), Valença (Ciências Empresariais) e Melgaço (Desporto e Lazer).