As coisas que acontecem na nossa Freguesia

Tradicionalmente ouvimos afirmar: “Na terra vizinha é que é, fazem dezenas de atividades, aqui não fazem nada…”, errado… Subportela mantém uma forte atividade social e cultural. Se algumas são de iniciativa privada, caso do Auto de São João e das Marchas Populares, outras, na sua grande maioria partem da iniciativa da As – Associação Subportela. Não esquecemos também as fomentadas pela Associação de Pais e Encarregados de Educação da Escola de Subportela e também do Centro Paroquial e Social local.

Mas peguemos noutras organizações, que mesmo estando inseridas em programas maiores são um marco importante da cultura de Subportela. Falemos das Marchas Populares que há cerca de meio século que são organizadas para a festa de São João Novo e que, tal como este ano, são convidadas a participarem noutras eventos populares.

O Auto de São João, filho mal amado por muitos dos populares de Subportela, marca presença anual nas festas de São João. A peça de Teatro de caráter religioso/popular festeja o nascimento do santo mais popular. Marca também presença, embora em tempos tivesse mais força, o encontro de jogos populares, que agora está datado para o início de junho.

Cabe à AS a maior parte de eventos: teatro, música e dança são apresentados quase mensalmente na sua sede no monte de São João, mas temos de relembrar o cicloturismo marcado para julho, o Magusto com o seu pequeno mas importante cortejo Etnográfico. E ainda as exposições que começam a ser um marco na cultura de Subportela.


Este ano, pela Festa de São João Novo, lá estava mais uma excelente exposição que o nosso gabinete camarário da Cultura devia ter em conta, tal era a riqueza da exposição, assim como a importância cultural que a mesma representa. O tema foram as Toalhas da Páscoa e oferecia a quem a visitou, a tradição secular. Muitas das peças apresentadas têm mais de 100 anos. Foi também representada a utilização desta toalha como representação do Altar pelo Mordomo da Cruz. E muitas peças ficaram de fora, segundo os expositores, não por serem mais fracas, mas por serem muitas e o espaço ser reduzido.

Nos últimos anos, Subportela marcou presença com diversas exposições que trouxeram povo à Freguesia, falamos das organizações Motores Nostalgia com exposições de clássicos de quatro rodas e duas rodas; a Exposição de Concertinas e Acordeões, Pintura, Numismática; A arte de coser: máquinas de costura de outros tempos…

Afinal em Subportela faz-se muita coisa, para os de cá e para os que nos quiserem visitar…

Obras na igreja

Estão a terminar as obras de restauro que a igreja Matriz de Subportela há muito reclamava.

As últimas obras de restauro profundo foram feitas nos finais dos anos 80 do século passado. Nessa altura foi infelizmente destruído o que restava do cemitério existente no adro da igreja e de várias oliveiras seculares.
Agora, há muito que os fiéis reclamavam por obras, pois a igreja estava a ficar envelhecida. Esta está situada nas fraldas do Monte Roques ou Santinho como também é conhecido e sofreu ao longo dos séculos diversas obras desde que foi construída provavelmente entre o século XI e XII, com algumas influências marcantes de estilo Renascença e Barroco.
Rica em arte religiosa, a igreja de viu no século XVI uma das suas maiores intervenções deixando marcas com dois magníficos altares. Em meados do século XIX, sofreu nova intervenção desta vez do Altar Mor. Em inícios do século passado, que marcaria também o início do fim do cemitério no adro da igreja, nova intervenção. Esta data está atestada na entrada principal da igreja, 1909.

A religiosidade do povo de Subportela tem também nas capelas da Santa – São Brás – capela situada no lugar de Cortegaça junto ao cruzamento da Rua da Igreja com a Rua de Subportela. Esta capela, mencionada nos escritos das obrigações já no século XVII, já se viu mais movimentada, pois lá celebravam a festa de São Brás, e quase todas as semanas era lá rezada uma Missa. Tal como nesta Capela, também na Capela de São João, mais conhecida devido à festa de São João Novo, se nota a necessidade de obras de manutenção para que mantenham a sua riqueza. Por fora, porque raramente estão abertas, nota-se já as pinturas a descascarem, os adros cheios de ervas e madeiras corroídas. Mas a fé religiosa dos subportelenses está presente de várias formas: nos Calvários, onde já falta algumas cruzes; nas alminhas existentes; nas encruzilhadas e que precisariam de intervenção; nas cruzes que encimam muitas entradas de diversos quintais; nos desenhos antropomórficos que marcam o nosso lado pagão e que se ostentam em entradas mais antigas. Parece que a fé muitas vezes nos parece fugir, e muito das nossas casas de oração ficam abandonadas, deve estar a chegar a altura de voltar a pegar nas tradições e fazer reviver as capelas, as igrejas, os calvários… porque sendo património religioso, são também património do povo desta Terra.

Falecimentos

Nos últimos meses faleceram alguns conterrâneos. Alguns eram mais conhecidos da sociedade José Rodrigues de Carvalho, fundador da Leitaria do Carmo e do quiosque do Carmo em Viana do Castelo era muito querido na freguesia onde ainda matinha casa. Outro caso é o de Belmiro Ribeiro da Cruz, que para além de ter sido o correspondente deste jornal durante muitos anos em Subportela, esteve ligado à autarquia onde chegou a ser presidente da Mesa da Assembleia. Mas todos tiveram a sua importância, e de certeza muita para as suas famílias.

Às famílias enlutadas, os nossos mais sentidos pesamos.
Agosto: José Rodrigues de Carvalho – 1929-2018.
Julho: Manuel Arlindo Lima Rebolo – 1950-2018; José António Pereira da Silva – 1933-2018; Armando Fernandes de Barros – 1932-2018.
Junho: Maria Esmeralda Ramos da Rocha – 1940-2018; Belmiro Ribeiro da Cruz – 1938/2018.
Março: Francisco da Silva Ribeiro – 1940-2018; Maria José Nobre Fontelo Puga – 1954-2018.
Fevereiro: Otelinda da Rocha Maciel – 1932-2018.
Janeiro: Albina de Jesus Ribeiro Ribas – 1931-2018

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