Foi no passado dia 26 de junho que se realizou a primeira Assembleia de Freguesia após o confinamento provocado pela pandemia da Covid-19. Foi uma assembleia calma, sem grandes discussões sobre os pontos apresentados a debate: Conta gerência de 2019; o inventário da união de freguesias e a apresentação da criação de um novo topónimo na freguesia de Subportela.
O novo topónimo: Caminho da Saibreira, fica situado no sítio do altinho, no lugar de Cortegaça e vem dar nome a um caminho com início no caminho da Citânia do Roques e a terminar no caminho da Parinheira.
Este nome deve-se a uma extração de saibro existente no início desse caminho, que nos anos 80 do século passado perdeu a sua importância, sendo mesmo aterrada com enormes pedras que mais tarde foram também utilizadas em diversas obras. No seu local existiu também, durante vários anos, um posto de inseminação artificial de gado bovino que servia os pequenos e grandes criadores da freguesia.
Saliente-se que não se trata de um caminho novo, mas sim da atribuição do topónimo dada a necessidade de se atribuir o nº de polícia a uma habitação que está a ser construída nesse caminho. Importa, no entanto, lembrar a existência de muitos caminhos, becos, quelhas, “carreiros”, largos e outras áreas que não viram ainda oficializado o seu “nome”. Seria importante a Junta de Freguesia trabalhar essa área, assim como aprofundar, para memória futura, a razão de serem atribuídos tais topónimos.
A Junta de Freguesia de Subportela, teve o cuidado de, na altura da criação da sua toponímia, atribuir os nomes pelos quais os caminhos eram conhecidos pelos populares, no entanto carecem de melhor descrição, de uma maior análise para que os mais novos, um dia conheçam a sua terra, as suas raízes.
Como informação prestada pelo presidente da Junta, o Sr. Davide Veiga, deve ser mencionado o arranjo há muito reclamado, em dois cantões do cemitério, assim como o término da vedação da parte nova desse espaço. Viu-se concluída, após muitas reclamações apresentadas, em sede desta Junta de Freguesia, o arranjo no pavimento da Rua da Igreja. Relembremos que o piso nesta rua foi colocado há cerca de cinco anos aquando da instalação do saneamento básico e a renovação da tubagem da água potável, mas depressa apresentou anomalias que tardaram a ser reparadas.
Dos membros da Assembleia veio a preocupação pelo barulho excessivo provocado por veículos alterados que a altas horas da noite percorrem os caminhos da freguesia, assim como um maior aparecimento de monos espalhados pelas beiras dos caminhos das nossas matas e mesmo junto dos ecopontos com muito lixo espalhado na área. Embora a junta esteja a trabalhar junto da população no apoio da recolha desses monos, o facto é que a população, não sabemos se de Subportela ou se de freguesias vizinhas, continuam a não respeitar o que é de todos.
Mas veio já perto do fim desta sessão, o ponto que, mesmo com pouca discussão, deveria colocar as Juntas de Freguesia de Subportela, do concelho de Viana do Castelo, e mesmo do país a pensar. Foi com um pedido do filho da secretária da Assembleia da Junta desta união de freguesias. O problema sobejamente sério foi levantado: “Mãe, já que vais à Junta, diz ao senhor presidente que a Net não passa aqui, e para o ano eu vou precisar para a escola”.
Na realidade, esta preocupação do petiz veio lembrar a fragilidade que o nosso sistema de ensino tem. O facto de uma freguesia, a cerca de 10 km da cidade, ter um serviço de cabo inexistente ou muito fraco e que impera a necessidade das juntas de freguesia e da Câmara Municipal lutarem junto das empresas fornecedoras de sinal de Internet para que até as freguesias mais pequenas tenham qualidade nesse serviço para que todos tenham direito às mesmas oportunidades.
Fica o pedido, esperemos que seja realizado.