“Atchim… atchim…”

Esta época do ano implica um aumento considerável da quantidade de pólen e outras substâncias que provocam alergia aos indivíduos geneticamente predispostos. O pólen é proveniente de gramíneas (“fenos”), ervas daninhas e árvores e, durante a Primavera, encontra-se espalhado pelo ar, sobretudo no início da manhã, no final da tarde e em dias de maior vento. Pelo contrário os dias de chuva são favoráveis uma vez que “limpam” o pólen em circulação.

Nas pessoas com este tipo de alergia, quando o pólen entra em contacto com a pele e as vias respiratórias, o organismo identifica-o como um agente invasor e reage contra ele provocando os sintomas característicos.

Existem várias medidas que podem ser adotadas de forma a evitar ao máximo o contacto com o pólen e minimizar o número de reações alérgicas – são medidas simples que devem ser implementadas no dia-a-dia de cada um:
* Usar óculos de sol para diminuir o contacto dos olhos com o pólen;
* Não secar roupa ao ar livre;
* Não abrir as janelas de casa ao início da manhã nem ao final da tarde;
* Deixar os sapatos e casacos na entrada de casa e mudar de roupa logo ao chegar;
* Tomar banho e lavar o cabelo antes de ir deitar;
* Viajar com os vidros do automóvel fechados;
* Evitar jardins ou lugares com muito vento;

O mais importante nos casos de alergia é estar atento e identificar a relação entre a exposição aos agentes causadores e o aparecimento de sintomas. Desta forma podemos evitar o contacto e minimizar o desenvolvimento das crises.
As análises ou outros exames não têm ganhos para o doente, pois o tratamento passa sempre estas medidas.

A permanência dos sintomas durante semanas a meses torna-se incomodativa. Quando estas medidas não são suficientes fale com o seu médico, pois pode ser necessário recorrer ao uso de medicamentos.

Aprenda a viver com as alergias, previna-se das exposições e desfrute dos seus dias!

Ana Barbosa

Médica de Medicina Geral  e Familiar na USF Lethes , em Ponte de Lima

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