O Grupo AVIC acaba de anunciar, em nota que nos enviou, a suspensão de alguns serviços de transporte e ar conta da “difícil situação que tem enfrentado nas suas operações de transporte público na região de Viana do Castelo”.”, No entanto, reafirma o “compromisso em continuar a servir a comunidade com a máxima responsabilidade e qualidade, apesar das adversidades impostas pela Autoridade de Transportes (AT) de Viana do Castelo.”
Recorda que, em dezembro de 2023, “a nossa proposta de atualização do valor das compensações por Obrigações de Serviço Público (OSP) seguiu criteriosamente a fórmula recomendada pela Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT) para ajustar os valores de acordo com a inflação. Essa proposta foi imediatamente recusada pela AT de Viana do Castelo, que se manifestou contrária a qualquer tipo de aumento.”
Perante isso, “poderíamos ter legitimamente suspendido os serviços de transporte. No entanto, com o intuito de encontrar uma solução construtiva, apresentámos uma nova proposta, a qual foi aceite por sete Autoridades de Transporte do Alto Minho. Esta proposta visou não só desbloquear a situação, mas também ir ao encontro de todas as ATs da CIM-Alto Minho, demonstrando a nossa postura profissional e responsável”.
No entanto, “apesar de diversas tentativas anteriores de solicitar atualizações das compensações por Obrigações de Serviço Público justas e necessárias (em dezembro de 2021, dezembro de 2022 e dezembro de 2023), todas as nossas propostas foram rejeitadas ou ignoradas pela AT de Viana do Castelo, resultando em prejuízos significativos e continuados para as nossas operações.”
Considera que “o que tem sido proposto são valores que representam o prejuízo para as empresas sem qualquer fundamento técnico, económico ou financeiro, porque simplesmente não existe”, adiantando que “não é correto, legítimo, responsável nem aceitável que a única proposta dessa AT seja a de uma morte lenta. E isto é feito, mais uma vez, sem qualquer tipo de fundamento.”
Aproveita para lembrar o recente “reconhecimento da população, que colocou Viana do Castelo em 2º lugar no Top Cidades com Mais Qualidade de Vida na área da Mobilidade, num inquérito nacional da Deco PROteste, um reconhecimento do trabalho desenvolvido pelo Grupo AVIC.”
“Apelamos à Autoridade de Transportes de Viana do Castelo para que reavalie a sua postura inflexível, pois a continuidade dos serviços de transporte público, essenciais para a qualidade de vida dos cidadãos, está em risco. O nosso objetivo sempre foi, e continuará a ser, oferecer um serviço de qualidade, fiabilidade e segurança. Não seria assim aceitável que a Câmara de Viana do Castelo, como Autoridade de Transportes, colocando as empresas numa situação desesperante, venha depois culpá-las pelas consequências da negligência da sua própria conduta”, refere no comunicado enviado à nossa Redação.
Assim. a partir de amanhã, dia 13 de junho, serão suspensos os seguintes serviços:
Transportes Urbanos de Viana do Castelo: Circuito Cidade e Circuito Areosa e Meadela
Interurbanos: Carvoeiro – Viana do Castelo
Suspensão de horários nas linhas: Portela de Suzã – Viana do Castelo, Fragoso – Viana do Castelo, Forjães – Viana do Castelo, Viana do Castelo – Castelo Neiva e Viana do Castelo – Ponte de Lima.
DECLARAÇÕES DO EDIL LUÍS NOBRE
Todavia, ontem no final da reunião camarária, ao final da manhã, a expectativa era diferente. Durante a tarde terá havido uma reunião que não terá decorrido do modo mais desejável.
“Estamos à espera de encontrar um ponto em comum e não de ficarmos estáticos numa posição irreversível”, afirmava aos jornalistas o edil vianense, Luís Nobre, a propósito dos protocolos com as operadoras de transporte do grupo Avic e a autarquia na área do concelho.
“Estamos a cumprir todas as linhas que assumimos com os operadores, à exceção do valor das compensações. Este estamos a trabalhar em conjunto. Fizemos uma contraproposta para ir ao encontro das operadoras que ainda não assinaram o protocolo para a compensações. Estamos à espera que encontremos aqui um ponto em comum.”, explicou.
“Não há irreversibilidade no processo negocial. Não fechamos todos os compromissos porque há aqui ainda uma divergência relativamente ao valor da compensação e aos quilómetros associados”. adiantou.
Explicando, Nobre referiu que, na “realidade dentro do concelho e dos transportes intermunicipais, estamos a ser levados pelo arrastamento da posição de um município vizinho” [Ponte de Lima]. Este entende manter o valor de compensação dentro “dos 250 euros/km em 250 km e nós propusemos 285/km por 125 km . Estamos à espera de um entendimento. Um município vizinho está numa posição fixa, tal como os operadores. Somos os únicos que têm evoluído e tentado encontrar soluções, no sentido de ir ao encontro do que são as preocupações legítimas dos operadores, mas estes também têm de olhar para as preocupações do Município. Viana deu passos concretos (ação) no sentido de cumprir com tudo, à exceção do valor da compensação. já se assumiu no protocolo para os passes”.
O edil notou que, nas questões da bilhética e dos passes, estudo tudo resolvido e acertado. “Os operadores entregam os bilhetes e passes e são ressarcidos no âmbito do protocolo para esse efeito.
Avic anuncia suspensão de serviço de transporte público em Viana a partir de amanhã
