Bilhete Telegráfico

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A. Lobo de Carvalho

Gerou forte polémica no nosso Concelho de Viana, inclusive numa sessão da Assembleia Municipal, o corte de uns quantos plátanos que serviam para dar sombra e embelezar uma parte da estrada que liga a cidade ao Cabedelo. Tratando-se de árvores, e, para mais, já com algumas dezenas de anos, teria de haver uma forte razão para serem abatidas, e essa razão tem a ver com a construção dos acessos ao porto de mar de Viana, que, como se sabe, fica na margem esquerda do Rio Lima.

Tendo havido tantas críticas ao governo local do concelho pela falta dos acessos ao referido porto, por não poder funcionar em pleno, houve que tomar uma decisão para desbloquear o problema, que foi, efectivamente, cortar uns quantas plátanos. Por causa dessa decisão, com a qual concordo inteiramente, porque o desenvolvimento económico não se compadece com saudosismos nem com interesses pessoais, o município foi desancado de forma severa e injusta, inclusivamente na Assembleia Municipal. Pessoalmente, penso que a Câmara, em boa hora, decidiu bem e com pragmatismo.

Sejamos objectivos:- Queremos ou não o desenvolvimento de Viana do Castelo? Queremos ou não ter um porto de mar operativo? Qual é o bem maior? Operacionalizar em toda a sua dimensão e capacidade o porto de mar da cidade e deste nosso Alto Minho, visando o desenvolvimento socioeconómico, ou chorar por umas árvores que podem ser substituídas por outras, noutro local? No momento difícil que se vive, todas as sinergias são poucas na busca de um futuro mais promissor e não temos que ficar agarrados a sentimentos egoístas.

Os críticos deixem de ser hipócritas e abram os olhos ao futuro dos vianenses e dos minhotos. Penso que o Sr. Presidente da Câmara tomou uma decisão acertada e, se em várias matérias o critiquei, nesta tem o meu inteiro apoio, que faço questão de publicamente lho manifestar.

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