Uma equipa técnica da Direção Regional de Cultura do Norte (DRCN) deslocou-se, esta quarta-feira, a Vila Nova de Cerveira para aferir o estado atual do Fortim da Atalaia e delinear, conjuntamente com a Câmara Municipal, as políticas de reabilitação e potenciação necessárias e mais adequadas para este Monumento de Interesse Público.
O presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira, Rui Teixeira, acompanhou a visita técnica, manifestando-se satisfeito com a total abertura e concordância daquela entidade, a quem compete a gestão e supervisão de património classificado, em elaborar um relatório que identifique as necessidades e as potencialidades em prol da preservação e da valorização concertada do Fortim da Atalaia.
“Como já referi noutros momentos, a Câmara Municipal tem algumas ações imediatas, como a limpeza de acessos ou a melhoria da sinalética, mas também pretende avançar com o estudo e a elaboração de um projeto a ser submetido a uma possível candidatura comparticipada para uma reabilitação mais abrangente. Contar com o apoio e a disponibilidade da Direção Regional de Cultura do Norte é mais uma etapa fundamental para concretizar as aspirações que temos para potenciar aquele monumento histórico”, afirma Rui Teixeira.
De sublinhar que no passado mês de julho, a Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira formalizou um contrato de comodato com a família detentora do Fortim da Atalaia, salvaguardando a gestão por 30 anos daquele monumento classificado como de interesse público.
O Fortim da Atalaia é, desde 2017, Monumento de Interesse Público, classificação atribuída pelo Ministério da Cultura, após um processo que durou quase 40 anos. Datada dos meados do século XVII e de foro privado, a Atalaia é a mais pequena das fortificações que constituíram o conjunto defensivo de Vila Nova de Cerveira, garantindo a sua participação na defesa do Minho durante as Guerras da Restauração. Por estar localizada num ponto elevado – no Alto do Lourido – a Atalaia tinha como grande missão apoiar o Castelo de Cerveira e o Forte de Lovelhe que, pela localização próxima ao rio, eram mais vulneráveis, assim como a missão de vigilância sobre a fronteira, o rio Minho e a estrada de ligação entre Caminha e Valença.