E no fim do mandato…

Quando em janeiro de 2013 foi aprovada a Lei da Reorganização Administrativa do Território das Freguesias, ficava o mote lançado para as eleições autárquicas que se haviam de realizar a 29 de setembro desse mesmo ano: como seria trabalhar conjuntamente com mais duas freguesias?

Aparentemente, seriam três freguesias amigas e não seria difícil trabalhar nos objetivos comuns, mas isso foi só aparentemente. Com um novo ciclo a iniciar-se, a população resolveu manter a confiança na continuidade política que se vinha fazendo e não foi de estranhar que as “caras” apresentadas pelas cores das equipas vencedoras nas três freguesias fossem as mesmas que já vinham a governar as freguesias de Subportela, Deocriste e Portela-Susã.

Rapidamente se escutava os descontentamentos populares de cada uma das freguesias. O próprio executivo sofreu a primeira baixa, e o tom de descontentamento foi-se mantendo sempre nos últimos dois mandatos em que os Independentes, com a sigla UPP, mas apoiados pelo PS se foram mantendo. Portela Susã tinha fama de manter as estradas limpas, agora isso não acontecia, uma terra que sempre manteve os caminhos do monte limpos, via agora os mesmos invadidos por acácias e giestas…

Em Deocriste, onde nos mandatos anteriores tiveram um forte incremento de desenvolvimento, reclamava atenção, pois o ritmo de investimento tinha baixado fortemente, e Subportela reclamava a Capela Mortuária, provavelmente a promessa eleitoral mais antiga do país…. Mas nada se via.

Foi no último ano de mandato, que esta desunião atingiu o auge com a promoção de uma reunião no seio da Assembleia para procurarem ferramentas para a desagregação, mas não se descobriu nenhum motivo, nem fundamentos legais.

Certo que durante os dois mandatos, a junta de freguesia promoveu, com o apoio camarário, a recuperação de diversos vias de comunicação, a criação de novos caminhos para a satisfação de novas construções, a manutenção, mesmo que parca, dos espaços públicos, o apoio em transportes a doentes e a crianças em período escolar. Subportela viu mesmo a rede de saneamento crescer e a melhoria na rede de água pública. O arranjo da rua da Igreja que estava prometida desde os anos 80 do século passado.

Neste mandato, a coisa já foi mais pobre, a Câmara Municipal financiou em mais de 100 M€ na restauração da igreja de Subportela, e mesmo com muitas reclamações não se viu uma junta animada com vontade de ver crescer a União.

Numa entrevista a um jornal da nossa praça, o presidente da Junta explicou que o investimento, embora alto, não foi mais efetivo devido à necessidade de pagamento de dívidas das anteriores de Portela-Susã e Deocriste, mas que Subportela tinha tido um forte desenvolvimento. Este parecia ser visto apenas pelo executivo…. Mais ninguém o via.

Na sua propaganda eleitoral, a lista independente que se apresentava sob a sigla UPP, somente apresentava duas promessas: Terminar as obras no cemitério – obra iniciada ainda fora do âmbito da União de freguesias. E ainda a construção da capela Mortuária. – A tal promessa eleitoral mais antiga do país…

Com pompa e circunstância, foi inaugurada esta última fase da construção do cemitério, já a capela mortuária continuará como promessa.

Na última Assembleia, realizada em junho, para além da maioria dos membros da oposição, PSD, não ter comparecido, alguns sem qualquer explicação, demonstrando também algum desinteresse, talvez por saberem ser a última assembleia, houve honras de despedida para quem previa não se candidatar, mas também para uma última promessa: reparar a quadra de basquetebol no loteamento de Cortegaça….
Ficaram-se pela promessa.

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