A Sociedade Polis Litoral Norte termina formalmente dentro de dias, já no final deste ano. Mas o projeto que está inerente às intervenções, toda a dinâmica e o capital de conhecimento acumulado não devem ficar por aí. Miguel Alves quer que o trabalho desenvolvido tenha continuidade, até porque há ainda muito a fazer neste âmbito, e já propôs essa ideia aos parceiros, opinião que foi bem acolhida. O formato é que será diferente e poderá ser do tipo associação.
Criada em 2008, a Polis Litoral Norte tinha o fim anunciado para 2013. Se assim tivesse sido, Caminha em nada beneficiaria do projeto, já que na altura do fim previsto as obras no concelho eram zero. Mas a Polis não terminou na data prevista e assim foi possível ao novo Executivo preparar e executar vários projetos. Há neste momento 12 ações concluídas e uma em fase de conclusão, num investimento de quase cinco milhões de euros. Há um projeto que irá ainda continuar no pós-Polis, um armazém de aprestos em Caminha, que dará resposta às necessidades e anseios da classe piscatória.
Foram assim doze as ações concretizadas: recuperação e proteção dos sistemas dunares em Caminha; proteção e reforço da frente costeira da Praia de Moledo; reforço e proteção dos sistemas dunares e renaturalização das áreas naturais degradadas – Foz do Rio Âncora; proteção e reabilitação do sistema costeiro entre a foz do Rio Âncora e o Forte do Cão; Infraestruturas associadas à utilização da Praia da Gelfa; Fornecimento e execução das bases de pavimento subjacente às grelhas de enrelvamento e preenchimento dos respetivos alvéolos; proteção, reabilitação e reforço do cordão dunar entre o Camarido e Moledo; modernização do Cais do Pescadores em Caminha; Ecovia do Litoral Norte – empreitada de construção de Infraestruturas verdes do Rio Âncora e Recuperação do pontão flutuante da foz do Rio Minho. A terminar está a empreitada de alimentação artificial, proteção e reabilitação do sistema costeiro natural da Duna dos Caldeirões. São 4,834 milhões de euros de investimento no total, de que o concelho beneficiou apenas a partir de 2013.
Os arrumos e aprestos vão ainda complementar o investimento, a cargo da Docapesca e MAR2020.
Conforme informou Miguel Alves, na última reunião do Executivo, os municípios envolvidos (Caminha, Viana do Castelo e Esposende) não queriam o término da Polis, mas acabou por se chegar a um consenso, tendo já sido sensibilizado o Governo sobre a importância da continuidade do projeto que está subjacente. Com um balanço claramente positivo, o concelho de Caminha não quer ficar por aqui e Miguel Alves garante que os três municípios pretendem continuar a trabalhar em conjunto, provavelmente sob a forma de associação, tema que será retomado pelos parceiros em breve.