Há muito que estava previsto, mas a pandemia foi trocando as voltas ao desejo. Contudo, agora aconteceu. Quase toda a gente, que chama a si as tarefas da edição semanal da “A Aurora do Lima” se juntou para debater o jornal que se julgue como o mais desejado da parte de quem o lê. Redação e correspondentes, irmanados nos mesmos objetivos, manifestaram o desejo de contribuir para que cada edição desta velha Aurora se apresente sempre como uma Aurora nova.
É uma rotina que desejamos se enraíze com a regularidade que as circunstâncias aconselham, porque a valorização deste vetusto jornal tal recomenda. Ouvir todos com os seus problemas próprios e trocar experiências sobre a melhor forma de os resolver; saber como melhorar a procura da boa notícia, o que se julga ser mais ou menos importante para dar a conhecer; valorizar o que muitas vezes parece ser de importância menor, porque a melhor notícia por vezes mora aí, são questões que ajudarão a fazer o jornal do agrado do leitor.
Fazer abordagens sobre o crescimento do jornal que todos desejamos, porque queremos levar a notícia e a nossa mensagem a um estrato populacional cada vez maior, porque sabemos que um jornal de poucos leitores não tem sustentabilidade; tudo isto e muito mais, são questões que teremos de discutir e analisar permanentemente, já que só assim estaremos armados para fazer do mais antigo jornal de Portugal Continental, um jornal de cada vez mais gerações.
Foi um encontro que primou pela amizade, conceito que assenta em voluntariedade, em dedicação e espírito de corpo. Cada um disse o que lhe ia na alma, apresentou propostas e manifestou regozijo pelo trabalho que faz. É por esta e outras variadas razões que este decano dos jornais portugueses tem sabido resistir, atravessando todas as adversidades, cruzando tempos mais ou menos agitados, e afrontando desafios, nem sempre naturais, mas afirmando sempre que cá estamos e continuaremos a fazer o nosso caminho. Sim porque um corpo coeso, entendido e solidário pode sempre estabelecer os maiores objetivos.
A Aurora do Lima, saberá sempre fazer das dificuldades tempos de serenidade e confiança no futuro. Sempre assim foi, e já lá vão 166 anos, e sempre assim será.
N.R.- Este encontro ocorreu na “Casa Manuel Espregueira e Oliveira – Turismo de Habitação”. Queremos salientar que o simpático casal João Correia e Alda Jacobino, gentilmente, colocaram à disposição do nosso jornal os espaços desta bela casa, uma moradia renovada do século XIX, localizada bem próximo do “A Aurora do Lima”, para que esta iniciativa tivesse o brilho a que antecipadamente aspirávamos, não faltando com os apoios necessários. Aqui registamos a nossa imensa gratidão por este gesto de boa amizade, prática felizmente já habitual.