“Faço isto como se fosse uma ficção”

27 pinturas e dois desenhos estão expostos no Centro Académico do Instituto Politécnico de Viana do Castelo. O autor está, às segundas e sextas-feiras à tarde, a elaborar mais algumas obras que ainda estão em “work in progress” até 31 de dezembro.

A dor e a sua representação deram mote à exposição do professor de Artes. Francisco Trabulo explica que a observação das diferentes imagens de dor, reproduzidas nos órgãos de comunicação social, permitiram a elaboração das diferentes criações. “A dor é algo de endémico à nossa cultura, e por isso ficamos muito sensíveis a essas imagens”, salienta. Adiantando que “muitas vezes nas capas dos jornais, as imagens de dor aparecem junto a imagens publicitárias e até de divulgação de filmes. A pintura pode servir para recortar a imagem do contexto e colocá-la noutro sítio”.

A pintar há vários anos, Francisco Trabulo afirma que trabalha com “liberdade”, porque não vive em exclusivo da arte. “Eu quando faço isto não estou a pensar vender, porque para além de serem quadros grandes, a temática não é muito apelativa. Faço-o como se fosse uma tese, uma ficção. Cada trabalho é um desafio para tentar dizer algo sobre determinado assunto ou questão”.

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