A Fundação Bienal de Arte de Cerveira (FBAC) revelou hoje que vai integrar um projeto europeu de cooperação que prevê a realização de três campos criativos com jovens artistas e ‘designers’ na Roménia, em França e Portugal.
“Apoiado pelo programa europeu da Europa Criativa da União Europeia em 200 mil euros, e com uma taxa de cofinanciamento de 80%, o projeto tem como objetivo sensibilizar para o papel dos artistas e dos ‘designers’ enquanto motores do desenvolvimento social, político, económico e cultural e da resiliência social, participando numa sociedade mais inclusiva e tolerante”, descreve a FBAC, em comunicado.
A fundação esclarece que é a primeira vez que integra o projeto, depois de ter visto aprovada a candidatura “Eurofabrique Camps”, que levará à realização de três campos criativos com jovens artistas e ‘designers’ na Roménia, em França e em Portugal em 2023 e 2024.
“Ao longo de 16 meses serão desenvolvidos três ‘EuroFabriqueCamps’, pequenos ‘clusters’ colaborativos concebidos para testar novos protótipos através de metodologias colaborativas que envolvam ativamente os jovens criativos europeus, facilitando a sua mobilidade internacional, desenvolvendo as suas competências criativas e críticas e as suas capacidades de resiliência”, descreve a FBAC.
O primeiro campo criativo decorre em Cluj-Napoca, na Roménia, de 05 a 10 de dezembro de 2023, e o segundo em Chaumont (França) de 05 a 09 de fevereiro de 2024.
Vila Nova de Cerveira acolhe a terceira edição do evento, em setembro de 2024, integrado na XXIII Bienal Internacional de Arte de Cerveira.
“O objetivo será explorar coletivamente, a partir da temática da Bienal ‘És Livre?’, a forma como a arte e o ‘design’ podem ser utilizados para abordar as questões mais prementes do continente, tais como as alterações climáticas, a justiça social e a instabilidade política e, ao fazê-lo, aprofundar os eixos curatoriais do projeto”, explica a fundação.
A instituição observa que o primeiro protótipo da “EuroFabrique” foi realizado em Paris, em 2022, sendo objetivo da presente candidatura “torná-lo num projeto a longo prazo, partilhado com novos territórios e parceiros”.
A intenção é “unir forças a nível europeu para moldar em conjunto o futuro da ‘EuroFabrique’, consolidando-o simultaneamente numa rede transfronteiriça inclusiva”.
Citado no comunicado, o presidente da FBAC, Rui Teixeira, indicou que o projeto está “muito alinhado” com as “prioridades estratégicas” da fundação, tendo em vista a “integração em redes internacionais, a “contribuição para a inovação social e a captação de públicos mais jovens para a construção conjunta de pensamento crítico a partir da cultura”.
“É a primeira vez que somos selecionados num projeto do programa europeu da Europa Criativa e estamos certos de que será um sucesso”, vincou.
A candidatura da FBAC surge “no âmbito do programa Projetos de Cooperação Europeia da vertente cultural da Europa Criativa”, da qual a FBAC “é parceira juntamente com a Andea – Association Nationale des Ecoles Supérieures d’Art, Gip Le Signe – Centre National Du Graphisme, em França, e a Asociatia Clusterul de Industrii Creative Transilvania, na Roménia.
Lusa