Os municípios transfronteiriços do Alto Minho e da Galiza vão pedir reuniões aos representantes dos governos de Portugal e de Espanha e à Comissão Europeia por considerarem “altamente insatisfatórios” os fundos para a cooperação entre as duas regiões. Em causa está o programa de cooperação transfronteiriço INTERREG para o período de 2021-2027.
Em comunicado, os três organismos defendem “que os fundos INTERREG devem, verdadeiramente, ser investidos, na sua maioria, em territórios efetivamente de fronteira”.
De acordo com os representantes, o novo programa “é altamente insatisfatório para os interesses do território fronteiriço, dos grandes rios Minho e Lima e distorce os fundamentos e objetivos da União Europeia (UE) para os territórios de fronteira com dinâmicas e sinergias próprias”.
O principal assunto e que suscita um grande desconforto por parte dos territórios fronteiriços é o texto das bases do novo Programa de Cooperação Transfronteiriça INTERREG 2021-2027, que admite que territórios mais afastados da raia fronteiriça sejam beneficiários dos fundos de cooperação transfronteiriça”, explicam.
“Perante o atual processo de consulta pública, as três entidades – AECT Rio Minho, CIM Alto Minho e a província de Pontevedra – consideram ser imperioso reclamar que estes fundos não voltem a ser deturpados e que se destinem na sua maioria aos territórios com elevado dinamismo social, económico, cultural e a par dos recursos ambientais conjuntos de fronteira”, revelam.