Gala de Abertura do Festival de Folclore mobilizou centenas de pessoas

Centenas de pessoas deslocaram-se à Praça da República na noite de quarta-feira, dia 20 de julho, para assistir à Gala de Abertura da XXIV edição do Festival Internacional de Folclore.

Antes da apresentação das danças, os grupos participantes, o público e a fadista Ana Ferreira cantaram o tema “Imagine”, de John Lennon, apelando à paz na Ucrânia.

“Esta homenagem conjunta dos vários países representados no festival em prol da dança, da música, da cultura de uma forma geral é simbólica, para dar força para a recuperação e reconstrução do folclore na Ucrânia”, explica Maria José Xavier da comissão executiva do festival.

Após a atuação da fadista Ana Ferreira, que surgiu em palco acompanhada por um tocador de gaita de foles e outro de caixa, oito pares de bailarinos do Grupo Etnofolclórico “RENASCER” de Areosa; do Grupo Folclórico Cultural Danças e Cantares de Carreço; do Rancho Folclórico das Lavradeiras de Vila Franca e ainda o Grupo Folclórico de Viana.

Haverá ainda uma gala extraordinária na noite de 22 de julho, na Praça da República, com participação de grupos de outros países, originários de festivais parceiros, que, em conjunto com o Festival de Folclore Internacional do Alto Minho, criam um circuito de cerca de dois meses de espetáculos em vários países e Viana receberá grupos do Chile, México e Porto Rico.

“Além dos sete grupos residentes, teremos um total de 12 países, incluindo Portugal, que irão passar pelo palco do festival durante os seis dias de espetáculos, representando um total de mais de 250 elementos de diversas geografias, que trarão a sua cultura e as suas danças e tradições a Viana do Castelo”, salienta Maria José Xavier.

Outro ponto alto e diferenciador neste festival é a retoma, dois anos depois, do “Viana Sensorial”, em que os elementos dos vários grupos convidados vão interagir nas ruas, praças e avenida do centro histórico com a população e turistas, dançando e ensinando as suas coreografias mais tradicionais a quem queira experienciar.

Mostram ainda produtos gastronómicos e os trajes internacionais, desafiando dessa forma os cinco sentidos da população e dos turistas para novas realidades, nomeadamente para sentirem: Através da visão e da audição, nas danças; do paladar e do olfato, nos produtos que nos trazem; e pelo tato, com os trajes.

O festival, que integra o calendário oficial do CIOFF, conta em 2022 com espetáculos do “Ballet Himalaya” que explora a riqueza cultural africana em geral, e angolana em particular, como o folclore, da Compagine Artistique Mien – Moh, especializada em danças tradicionais da Costa do Marfim, e do Twin Art Visual, com os melhores percussionistas e dança tradicional do Burundi.

O cartaz integra ainda a Fundation Artistica Del Tundama “Cumoes”, composto por dançarinos e músicos interessados em compilar, preservar e difundir o folclore e a cultura colombiana, pela Liga Tari Mahasiswa “KridaBudaya”, que se dedica à preservação das danças tradicionais da Indonésia.

“Grande parte dos grupos participantes estavam já previstos para a edição de 2020, que infelizmente foi suspensa devido à pandemia, mas sempre foi mantida a vontade destes grupos de visitar Viana do Castelo e participar no festival, reconhecido mundialmente pela sua qualidade, e que agora finalmente se concretiza”, afirmou Maria José Xavier, da comissão executiva do festival, que em 2022 junta a Ronda Típica de Carreço, o Grupo Etnofolclórico “Renascer” de Areosa, o Grupo Folclórico de Viana do Castelo e o Rancho Folclórico das Lavradeiras de Vila franca.

Da Europa, além dos grupos portugueses, participam no Festival de Folclore Internacional do Alto Minho o Abrašević Folk Ensemble, fundado em Belgrado em 12 de novembro de 1905, uma das mais antigas companhias artísticas amadoras na Sérvia, atualmente com mais de 1.200 membros agrupados em 10 secções, e que repete a presença em Viana do Castelo, após a participação na edição de 2018, enquanto de Espanha participa o Grupo de Danzas Adolfo de Castro, composto por dançarinos e músicos amadores com idades compreendidas entre os 16 e os 60 anos e que representam o melhor do folclore da Andaluzia.

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