Homenagem a Avelino Liquito e encontro de amigos

O comediante do Auto da Floripes Avelino Liquito, conhecido pelo sobreapelido de “Parteira”, foi homenageado, no dia 05 de agosto, no final da representação do Auto, pelos colegas, todos comediantes, porque há meio século, fazia parte do elenco dos seus atores-amadores.

Depois de mais de 50 anos ininterruptos no Auto do Floripes, o comediante, por razões de saúde, decidiu, após a representação de 2018, dar o lugar aos mais novos. Substituído pelo jovem Telmo Lima Costa, o 05 de agosto deste ano foi para ele um dia de emoção, mas, ao mesmo tempo, de satisfação pelo dever cumprido.

Na verdade, se não lhe foi fácil deixar o Auto da Floripes, pois foram mais de 50 anos a que se dedicou. Foi um importante contributo prestado à comunidade que tem nas Neves muitos seguidores. Quando representou, pela primeira vez, o Auto da Floripes, dos atuais comediantes, apenas o Joaquim Frutuoso, já estava presente.

Figura com assídua presença no Largo das Neves, festeiro e parte integrante dos compassos pascais durante vários anos e funcionário numa empresa comercial local, poucos são os que não conhecem o “Parteira”.

Em palco, era-lhe reconhecida a longevidade, o empenho e a garra, bem como a grande paixão pelo Auto. Na hora da despedida, fez questão de se apresentar vestido de Roldão, personagem que sempre representou e emocionado, aproveitou para consciencializar o “novo” Roldão sobre a responsabilidade e a honra de desempenhar o novo papel, com a recomendação: “Não te enganes! O teu papel é muito importante!”.

Pela amizade que nos une, junto a minha voz aos que lhe disseram: muito obrigado, Avelino Liquito.

Encontro convívio dos “Setentões”

Decorreu no dia 21 de julho, com enorme júbilo e grande alegria, o encontro dos “rapazes” nascidos no ano de 1945, ao qual resolvemos chamar de Setentões, em tom de brincadeira, pois já todos estamos com mais de 70 anos.

Dos 56 nascidos naquele ano, marcaram presença 22 dos 38 ainda vivos.

Depois das fotos da praxe no adro da igreja, cerca das 10h30, e do reencontro sempre alegre, onde os abraços voltaram a selar a amizade dos tempos de miúdos. Fez-se romagem ao cemitério local, onde alguns aí dormem o sono eterno, para a seguir visitar a escola dos rapazes, ali bem perto.

Nela se relembraram as peripécias aí vividas e as traquinices de cada um, assim como a dureza com que os professores por vezes nos tratavam, mas que hoje todos reconhecem que era para o nosso bem.

Já no restaurante demos largas ao nosso contentamento, uns contando histórias daquele tempo, outros lendo versos alusivos aos nossos encontros, outros ainda demonstrando mesmo os dotes musicais, porque tendo sido elementos das bandas locais, ainda hoje têm capacidade de nos alegrar com músicas bem próprias para o nosso convívio.

Por fim, ficou delineado o programa para o próximo ano, que pretendemos mais alargado, isto porque fazemos 25 anos que começamos estes encontros. Então já “cinquentões”, e como tal deve ser devidamente celebrado. Ficou a promessa de para o ano voltar, e certamente trazer mais companheiros “Setentões”.

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