No próximo dia 24 de março, sexta-feira, será inaugurada uma mostra coletiva no Museu de Artes Decorativas. Na exposição serão apresentados 16 trabalhos criados no âmbito do Insert’Arte, o projeto de inclusão pela arte da associação Methamorphys.
“Esta é uma iniciativa que levamos a cabo com a parceria da CIM Alto Minho, na medida seniores criativos, e propomo-nos em afirmar que a arte pode ser uma alavanca para a mudança de paradigma”, referia o responsável pela Methamorpys. Jorge Viana adiantava que no projeto estão envolvidas 16 pessoas.
O projeto iniciou-se em novembro e está a ser desenvolvido no concelho de Viana, mas o objetivo é “chegar a outros concelhos do distrito”, informava Jorge Viana. Apelando às instituições para verem que “a arte pode ajudar nos problemas de saúde mental”.
Um mês antes da exposição, a Methamorpys trouxe vários especialistas a debater a arte com as camadas mais fragilizadas da sociedade.
O vianense Jorge Oliveira criou, no Porto, o Espaço T há mais de 25 anos e pretende “trabalhar as pessoas através das práticas artísticas. Jorge Oliveira que tem intenção de abrir, em Viana do Castelo, uma delegação do projeto, manifestava que “com a arte toda a gente pode dizer como se sente”.
“Há muitos anos que ando a lutar por criar apartamentos de inserção onde as pessoas com problemas mentais podem co-habitar e isso não é só bom para a vida deles, mas também para o país”, constatava Jorge Viana. Lembrando que “o sem-abrigo e a saúde mental andam de mãos dadas”. O responsável criou a Methamorpys há oito anos e afirma que “não houve ninguém que passasse na nossa instituição que não tivesse um problema de saúde mental e no Alto Minho não há um único projeto para a saúde mental”.