A Terra é o planeta azul
Pintado com a cor do mar
Para termos uma ideia
Biliões de gotas estão cá a morar.
As ondas a dançarem
Os ruídos naturais
E lá no fundo observamos
Coloridos animais
Os peixes todos juntos
De todas as cores podem ser
São como um arco-íris
Que começa a aparecer.
Surgiu um grande problema
E nós sem preocupação
Tivemos que lidar
Com muita poluição.
Aos poucos e poucos
Fomos começando a agir
Porque se assim continuássemos
O mar não ia resistir.
Hoje em dia temos mais cuidado
Mas ainda há que melhorar
E melhor forma de agradecermos
É continuar a ajudar.
Foi com este poema que Miguel Alves Pinto, um jovem vilafranquense de 11 anos de idade, filho de Gorete Portela Alves e de Manuel Rodrigues Pinto, concorreu e venceu na classe “Poesia”, para os alunos do 2.º Ciclo do Ensino Básico, a 10.ª edição do Prémio Escolar António Manuel Couto Viana, este ano com 37 trabalhos presentes na classificação final.
Instituído por uma feliz iniciativa da Câmara Municipal de Viana do Castelo e contando com a dinamização da Biblioteca Municipal, o Prémio Escolar António Manuel Couto Viana visa divulgar e enaltecer a obra desta importante personalidade vianense, 1923 a 2010, premiando trabalhos de alunos frequentadores das escolas do concelho, do 1.º Ciclo de Ensino Básico ao Ensino Secundário, desenvolvidos sobre os temas: Conto, Poesia, Ensaio e Ilustração.
O trabalho de Miguel Alves Pinto, aluno do 2.º Ciclo da Escola EB 2/3 Frei Bartolomeu dos Mártires, versou sobre poesia.
O prémio, atribuído pelo júri no dia da homenagem ao escritor, ensaísta, tradutor, dramaturgo e poeta e entregue em cerimónia realizada para o efeito no dia 04, sábado, no magnífico Teatro Municipal Sá de Miranda, incide sobre um tema de importância superior para a nossa sociedade: a poluição do mar.
Vale a pena descrever algumas palavras proferidas pelo júri sobre a obra de Miguel Alves Pinto: “… é um apelo a que continuemos a preservar o planeta terra, impedindo a poluição de alastrar, destruindo, sobretudo, a beleza e a diversidade marinhas”.
“… mostra-nos, num primeiro momento, toda a variedade, formosura e perfeição do mar azul para, em seguida, nos confrontar com a triste realidade da destruição de tanta beleza e harmonia. Termina apontando sinais de que a humanidade, consciente dos malefícios que tem vindo a causar ao meio ambiente, arrepia caminho, começando a concertar os danos causado. Há, porém, um longo caminho a percorrer …”.
É gratificante vermos a sensibilidade existente num jovem de, apenas, 11 anos, para uma questão tão transcendente como a defesa da vida na terra.
Tendo sido já agraciado pela Junta de Freguesia de Vila Franca com o prémio Professor Alves de Brito como o melhor aluno do 4.º ano, na vertente de aproveitamento escolar, Miguel Alves Pinto não é só um jovem com vocação para a poesia e dedicação para a defesa do meio ambiente. Ele é, também, um profundo interessado na arte da pintura, como provam os vários desenhos, alguns dedicados à sua mãe.
Endereçamos os parabéns ao Miguel fazendo votos de vir a ter a possibilidade de, nas páginas do “velhinho Aurora”, dar a conhecer a conquista de mais e maiores prémios.
FUTEBOL CLUBE DE VILA FRANCA
No dia 09 do presente mês de julho, pelas 21h30, o F.C. Vila Franca reuniu em Assembleia Geral, na sua sede social, para decidir sobre questões de grande importância para o futuro do clube.
Apresentados para apreciação e votação, o relatório de atividades e a conta de gerência referentes à época 2019/2020, foram aprovados por unanimidade.
Por unanimidade foram, também, aprovados o plano de atividades e o orçamento para a época 2020/2021. Pelo meio, procedeu-se à eleição dos órgãos sociais para o mandato 2020/2022. Havendo, apenas, uma única alteração, nos elementos que compõem os corpos diretivos, mais concretamente o de secretário da direção, os órgãos sociais continuarão a ser presididos por: Manuel Rodrigues Pinto na Mesa da Assembleia Geral; Mário Rui Alves Domingos Cunha na Direção; Luis Miguel Lima Teixeira no Conselho Fiscal.
Por fim, foi analisada a questão mais sensível e que, à primeira vista, exigiria mais explicações, já que se tratava da doação daquilo que o F.C. Vila Franca tinha de mais valioso: a propriedade de parte do recinto desportivo.
Em forma de preâmbulo, o presidente da Direção esclareceu sobre as muitas hipóteses de dotar o Campo Visconde da Barrosa de piso sintético. Porém, na situação em que se encontra o recinto desportivo, assente em dois artigos pertencentes a duas entidades diferentes – F.C. Vila Franca e Freguesia de Vila Franca – essa instalação é muito complicada.
Sendo que, nesta altura, o piso sintético é a obra mais desejada por todos, ou quase todos, torna-se necessário fundir, extinguir os dois artigos existentes e criar apenas um, que pertença a uma única entidade. A direção partindo do pressuposto de que será melhor para o F.C. Vila Franca que todo o imobilizado se mantenha sob responsabilidade da autarquia, propõe a doação, à freguesia, do artigo pertencente ao clube.
O assunto já foi abordado pela Assembleia de Freguesia de Vila Franca, que autorizou a Junta de Freguesia a aceitar a doação, faltando, apenas, a deliberação da Assembleia Geral do F.C. Vila Franca para que o processo avance. Após várias intervenções, com o presidente da Mesa da Assembleia Geral a informar ter contactado algumas pessoas que foram presidentes da direção do F.C. de Vila Franca e presidentes da Junta e que as opiniões eram no sentido de que o melhor era o recinto ficar sob alçada da autarquia, a proposta foi a votação e saiu aprovada com zero votos contra e uma abstenção.
Ultrapassados os aspetos burocráticos e criadas as condições para o avanço do processo administrativo, espera-se que este se desenvolva com a necessária celeridade para que, brevemente, todos os atletas que defendem as cores do F.C. Vila Franca possam beneficiar de condições que outros clubes já oferecem.