Há quem chegue a esperar pela atribuição da reforma, após cumpridas as formalidades burocráticas, mais de um ano. A situação verifica-se quer na Segurança Social, quer na Caixa Geral de Aposentações.
O caso que nos foi relatado é idêntico a muitos outros de que alguns leitores nos têm feito eco. Neste caso, L. M. F. viu a sua reforma atribuída no último dia 26, ao fim de “um ano, dois meses e 29 dias do pedido”.
“Deixaram-me sem qualquer rendimento durante um ano, um mês e 11 dias e durante este período nem se dignaram a responder aos vários pedidos de esclarecimento, nem agora que, finalmente, resolveram o assunto, sequer um pedido de desculpas, por mais hipócrita que fosse. Fui desprezado por uma instituição do estado, que se diz pessoa de bem. O que seria então se não o fosse”, refere.
A propósito, L. M. F. observa que há “forças políticas que lutam muito para que o Estado tenha maior protagonismo na sociedade, mas não as vejo a lutar para que o Estado preste melhores serviços, nem a denunciar situações como a que atravessei e que, de certeza, envolverão mais pessoas que se sentem impotentes”.
Aquele vianense continua: “e não têm ninguém a quem se queixar. Eu fiz uma exposição à Provedoria de Justiça e a resposta foi igual à do CNP (Centro Nacional de Pensões), zero”.