Melgaço levanta cordão sanitário à aldeia de Parada do Monte

O autarca socialista de Melgaço anunciou hoje o levantamento do cordão sanitário à aldeia de Parada do Monte. À agência Lusa, Manoel Batista falou que atingiram “os objetivos que pretendiam”.

Instalado desde 25 de março, quando surgiram os primeiros casos naquele concelho, que é um dos mais atingidos no Alto Minho, o cordão sanitário impedia a entrada e saída de pessoas daquela aldeia serrana.

“O cerco sanitário foi levantado hoje de manhã. Conseguimos todos os objetivos que pretendíamos com esta medida. A população respeitou de forma exemplar as medidas que foram implementadas e as recomendações que foram dadas. Achamos que a freguesia está bem e podemos fazer o levantamento”, disse o autarca socialista.

Manoel Batista informava também que “o desenvolvimento da covid-19 em Parada do Monte é positivo”, sendo que “já regressaram a casa quatro das cinco pessoas que foram hospitalizadas”.

O Município agradece a todos “por terem cumprido as nossas diligências. A agradecer também ao presidente da Junta, Ricardo Alves, à proteção civil e bombeiros, ao padre Raul Fernandes e a todos os que estiveram disponíveis durante estas três semanas para nos ajudar e ajudar a população desta aldeia”.

“A semana passada foram confirmados mais dois casos, mas são dois casos relacionados e confinados às famílias das pessoas que foram hospitalizadas”, especificou.

O cerco sanitário na aldeia de Parada do Monte, com 370 habitantes, vigorou durante 20 dias, após a confirmação do terceiro caso de infeção pelo novo coronavírus.

Segundo números hoje revelados por Manoel Batista, no concelho de Melgaço, distrito de Viana do Castelo, há 57 casos confirmados de infeção, sendo que 41 são utentes e funcionários do Lar Pereira de Sousa, pertencente à Santa Casa da Misericórdia, onde se já registaram quatro mortes.

A falta de funcionários naquele lar, com 55 utentes, levou a Câmara de Melgaço a anunciar, através da sua página oficial na rede social Facebook, a contratação de médicos e enfermeiros.

“Não vai ser fácil porque, neste momento, os recursos humanos ligados à saúde estão esgotados e mais ou menos alocados a outras respostas, mas estamos esperançados de que vamos conseguir”, afirmou.

Questionado sobre a reunião, hoje, da Comunidade Intermunicipal (CIM) do Alto Minho para analisar a situação dos lares do distrito de Viana do Castelo, Manoel Batista disse ser “importante encontrar os caminhos mais adequados para resolução um problema complicado”.

“A situação dos lares é mais complicada no Minho e no Norte e será, com certeza, a situação que nos vai trazer mais problemas e mais dificuldades nos próximos tempos. Não me parece que seja uma situação para uma semana. Já é uma situação muito complicada, neste momento, em lares de Viana do Castelo, Melgaço, Monção e Arcos de Valdevez, mas acredito que estes e outros municípios terão ainda outros problemas relacionados com lares. É preciso implementar uma atitude pró-ativa em relação a estas instituições, acompanhando-as mais de perto para as ajudar a lidar com esta situação”, disse.

A reunião da CIM contará com a participação das autoridades locais de saúde, Segurança Social e Proteção Civil.

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