Ministério da Administração Interna confirma detenção de suspeito responsável pela intrusão nas instalações da Secretaria-Geral do MAI

Ministério da Administração Interna confirma detenção de suspeito de intrusão e furto na Secretaria-Geral do MAI

Após ter confirmado a intrusão, na madrugada de 28 de agosto de 2024, no edifício onde funciona a Secretaria-Geral da Administração Interna, na Rua de São Mamede, em Lisboa, o Ministério da Administração Interna vem agora dar pública nota da detenção, na passada segunda-feira, 2 de setembro, pelas 19h20, por parte da Polícia de Segurança Pública (PSP) – que tomou, então, conta da ocorrência – de um indivíduo de 39 anos responsável pela intrusão e furto no edifício. Confirma-se, aliás, que esse edifício não é o local onde funciona o Ministério da Administração Interna que, como é do conhecimento de todos, funciona na ala oeste da Praça do Comércio (Terreiro do Paço) em Lisboa.

Esclarece-se, ainda, que contrariamente ao que vem sendo propalado, não corresponde à verdade que as câmaras de videovigilância, do edifício que sofreu a intrusão, estivessem avariadas ou desligadas, na altura da intrusão, já que estavam a funcionar normalmente e as imagens eram visíveis no respetivo posto de controlo. É, no entanto, verdade que havia uma falha na gravação de imagens que é uma coisa distinta do que vem sendo propalado por várias fontes não fidedignas, mas que não impediram a identificação do suspeito e a sua, agora, detenção.

Esta detenção ocorreu na sequência do desenvolvimento da investigação levada a cabo pela Divisão de Investigação Criminal de Lisboa, que detém um efetivo conhecimento intrínseco da área, o que permitiu, num curto período de tempo, a identificação e intercetação do autor do crime que, após diligências para recolha de prova, culminou na sua detenção fora de flagrante delito, através de mandado de detenção, emanado pela Autoridade de Polícia Criminal. De acordo com as informações recolhidas, o detido tem já um vasto histórico criminal, cumpriu pena de prisão em França, por crimes de igual natureza, evadindo-se daqueles estabelecimentos prisionais e terá regressado a Portugal no início do presente ano, vindo, desde então, segundo está a apurar-se, a praticar ilícitos da mesma natureza. O detido vai ser presente à Autoridade Judiciária competente para efeitos de 1o Interrogatório Judicial, para aplicação das respetivas medidas de coação.

Importa, agora – e não antes, para não comprometer as investigações que estavam em curso – esclarecer que dos oito computadores furtados, só dois estavam a uso e os restantes eram computadores de reserva/substituição. Porém, em ambos os casos, seja nos computadores de reserva/substituição, seja no caso dos dois computadores que estavam a uso, não existiu, nem existe, qualquer risco de acesso a qualquer informação e ou documentos, confidenciais ou não. Mais se esclarece que os computadores furtados eram meros terminais de acesso a informação sediada em servidor e, logo, não acessível apenas com o computador, sem acesso à mesma. Ainda, assim, estes computadores não estavam, nem estiveram, ligados, nem tem acesso, a informação classificada ou de relevância.

Finalmente, importa, ainda esclarecer e sublinhar que a divulgação imediata, ao tempo dos factos, de qualquer notícia, sobre esta matéria, ou seja, mais cedo do que veio a acontecer, prejudicaria, certamente, as investigações criminais que foram de imediato desencadeadas. O Ministério da Administração Interna, como sempre referiu, está e estará sempre disponível para prestar os devidos esclarecimentos de forma oportuna, como o faz agora, e não no decorrer das investigações que estiveram em curso, já que, como se disse, poderiam comprometer o resultado e desfecho das mesmas sobre esta matéria, como agora veio a acontecer.

Foto: +Algarve

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