Entre as diferentes realizações do dia da padroeira, Santa Marta, a 29 de julho, uma delas tem especial significado, pois trata-se de assumir a guarda da Cruz Paroquial e a disponibilidade para estar presente nos atos da pastoral litúrgica em que é solicitada. Aconteceu no fim da Eucaristia das 08h, presidida pelo pároco, Rev. P.e Christopher Vaz Sousa: perante si e na presença dos fiéis, a Cruz passou das mãos de José Soares para as de Manuel Liquito Reis, ato a partir do qual assumiu, juntamente com sua família, a Mordomia da Cruz para 2023/24.
Às saudades do José Soares e família seguiu-se incontida emoção no Liquito Reis e seus familiares que ali se encontravam presentes, nomeadamente esposa, filhos Alexandra e Pedro, genro e nora e os netos João Pedro e Afonso. Rodeado da família e dos amigos, o Manuel confessou ter vivido um dos momentos mais marcantes da sua vida.
Porém, das muitas emoções que o Manuel e família vão viver, sobressairão as da Festa Maior, a Páscoa da Ressurreição. Com efeito, de todas as celebrações da Liturgia, nas da Páscoa, mais ou menos conscientemente os cristãos sentem e refletem a alegria da vitória sobre a morte, veem na Cruz a redenção para o nascimento de uma vida nova e, por isso, se nos dias de Páscoa Ela é especialmente bela para os crentes, mais o será, com certeza, para o Mordomo da Cruz e seus familiares mais próximos. Porque aí terão o privilégio de viver de perto as alegrias e emoções de toda uma comunidade que acredita. É justa essa graça, pois além da sua guarda, é o seu portador nas diversas festas litúrgicas, na paróquia e, em sua representação, fora dela; é garantia de presença nos funerais; é responsável pelo fogo nas festas do Nascimento e Ano Novo, a que se junta a organização do Compasso Pascal. Ao Manuel e família, A Aurora do Lima deseja as maiores felicidades.
Em jeito de dupla homenagem, indicam-se, infra, todos os antecedentes do Manuel Liquito Reis, que desde 1990 assumiram este serviço à paróquia, sendo que até 2018 o prestaram ao lado do saudoso P.e Valdemiro. Gratidão para eles e esperança no breve encontro com quem já beneficia do sacrifício da Cruz e se nos antecipou na partida para a Casa do Pai: 1990 – José Gonçalves Parente Costa; 1991 – Amândio Vieira Marcos Barros; 1992 – Francisco Martins Fiúza; 1993 – Fernando Vieito Antunes; 1994 – Manuel Soares Gonçalves; 1995 – Carlos Alberto Borlido Cruz; 1996 – Eduardo Fonte Oliveira e José Silvério; 1997 – José Manuel Ramos Soares Sousa; 1998 – José da Costa Pereira; 1999 – Casimiro Carvalho Mesquita Paredes; 2000 – António Esteves Couto; 2001 – Manuel Vieira Costa Ferreira; 2002 – Manuel João Gomes Cunha; 2003 – Agostinho Hermeto Torre Martins; 2004 – Gaspar Parente Ribeiro; 2005 – António Parente Gonçalves; 2006 – Manuel Vieito Antunes; 2007 – Manuel Cruz Araújo; 2008 – Joaquim Parente Antunes; 2009 – José Gonçalves Borlido; 2010 – António Gonçalves Lourenço; 2011 – Gaspar Parente Ribeiro; 2012 – José Borlido da Cruz; 2013 – José João Afonso; 2014 – Manuel Soares Gonçalves; 2015 – António Louro Soares; 2016 – António Parente Gonçalves; 2017 – Raimundo Rodrigues; 2018 – José Parente Costa; 2019 – Domingos Ribeiro; 2020 – José Vianinha; 2021 – Manuel Alves; 2022 – José Ramos Soares.