Nesta segunda-feira, a Nigéria LNG Limited informou a GALP da possibilidade de uma “redução na produção e oferta de gás natural liquefeito”, em virtude de cheias que estão a abalar o país.
O principal fornecedor de gás da Galp, a Nigéria, invoca as condições extraordinárias causadas pelas inundações que o país está a ultrapassar para justificar disrupções futuras no fornecimento, sem quantificar a dimensão das alterações.
“A Galp informa que recebeu da Nigéria GNL Limitada, o seu principal fornecedor de gás, um aviso de força maior baseado nas inundações alargadas que estão a ser vividas na Nigéria, causando uma redução substancial na produção e fornecimento de gás natural liquefeito“, escreve a empresa portuguesa, num comunicado publicado na página do regulador dos mercados, a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
A Galp indica que, para já, não tem qualquer informação que lhe permita calcular os impactos deste evento. Compromete-se contudo a informar sobre “qualquer desenvolvimento significativo”.
De acordo com a agência Lusa, cinco milhões de pessoas em 19 países da África Ocidental e Central foram afetadas por chuvas acima da média e “inundações devastadoras” nos últimos meses, citando dados do Programa Alimentar Mundial (PAM) das Nações Unidas. Entre os países mais atingidos encontra-se a Nigéria, onde as inundações afetaram 3,48 milhões de pessoas, causaram numerosas mortes e destruíram 637.000 hectares de terras agrícolas.