Encerrado desde meados de março, o núcleo de Viana da Re-food encontrou soluções para as 23 famílias apoiadas. Umas vão ao Refeitório Social de Nossa Senhora de Fátima e outras recebem os cabazes do Banco Alimentar de Viana do Castelo.
“Atualmente o nosso trabalho tem sido o acompanhamento dos nossos beneficiários, participando na comunicação entre eles e a Câmara Municipal de Viana do Castelo (CMVC), relativamente aos apoios que a própria lhes disponibiliza”, sublinham os elementos da direção do Núcleo local.
Antes do encerramento provocado pelas medidas de contingência do novo coronavírus, o núcleo Re-food de Viana do Castelo apoiava 23 famílias, num total de 46 pessoas. Ainda sem certezas em relação ao futuro, aqueles responsáveis estimam que “poderemos ter um aumento de Beneficiários [designação dada às pessoas apoiadas]”.
Contando com o apoio de restaurantes, escolas, pastelarias e padarias, a direção do Núcleo da Re-food deseja que também estes consigam superar as dificuldades que advirão destes meses de encerramento ou condicionamentos. “Prevê-se que a situação que estamos a viver, que atualmente já está a afetar muita gente, continue a afetar a sociedade e a economia no futuro. Esperamos que os restaurantes e pastelarias possam ultrapassar este momento, não só os nossos parceiros (normalmente apelidados de Fontes de Alimentos), mas todos os estabelecimentos. Todos são importantes uma vez que constituem a fonte de rendimento de várias famílias”, assinalam.
Autarquia sempre colaborante
Após comunicarem o encerramento do espaço, por questões de saúde e também por falta de alimentos para distribuir, os elementos da direção elogiam o papel da autarquia local. “Depois de comunicada a suspensão da operação à Câmara de Viana, o nosso maior parceiro, houve logo disponibilidade para procurar a melhor solução para todos os beneficiários. E dois dias após a suspensão fizemos ainda uma distribuição de bens alimentares não confecionados, provenientes do Banco Alimentar de Viana do Castelo, dando-nos tempo para trabalhar na solução definitiva”.
Os beneficiários escolheram a opção que mais lhes convinha, ou dirigir-se ao Refeitório Social ou receber os cabazes do Banco Alimentar. “Tendo em conta as condições dos nossos Beneficiários, a morada e o próprio modo de vida com a evolução da pandemia do Covid-19, o Núcleo juntamente com a Câmara Municipal definiram duas opções que foram: receberem cabazes ou irem diariamente ao Refeitório Social da Paróquia Nossa Senhora de Fátima. A maioria dos nossos beneficiários optou por receber cabaz(es), uma vez que têm condições para confecionar as suas próprias refeições, minimizando assim o número de saídas de casa, e também o aumento de pessoas no refeitório social. Os beneficiários que não têm condições para confecionar alimentos, optaram pelo Refeitório Social”.
Contando com 110 voluntários, a direção do núcleo espera que o número se mantenha ou aumente na reabertura, que ainda não tem data para acontecer. Fonte da direção expressa que o número de voluntários é “muito dinâmico, varia de semana para semana tendo em conta a vida pessoal de cada um”. Mas esperam que no futuro “o número de voluntários se mantenha ou aumente, para que possamos dar a melhor resposta possível ao que nos for solicitado”.