Orlando Antunes: Principal objetivo do PSD em Viana é voltar a liderar a Câmara

E

m 26 de novembro de 2022, em disputa com Viana da Rocha, Orlando Antunes ganhou as eleições para a concelhia do PSD de Viana do Castelo, com maioria absoluta, 226 votos (58,47%) contra 143 (37,63%) do seu adversário, num total de 380 votantes entre os 427 em condições de votar.

Hoje considera que desde essa data, progressivamente, o PSD em Viana do Castelo tem vindo a rejuvenescer-se, daí que pense em voltar a candidatar-se a novo mandato à frente do Partido localmente. Está confiante em que Viana do Castelo, autarquicamente, voltará a ser social-democrata, porque, diz, o PSD tem como objetivo “implementar políticas para as pessoas, valorizando os vianenses”. Afirma gostar da política, mas também considera que é quase obrigatório exercer ativamente as obrigações de cidadania, sacrificando, cada um, um pouco do seu tempo em prol da comunidade. 

Orlando Antunes, assume com naturalidade a tarefa de dirigir a concelhia de Viana do PSD ou sente que se trata de uma função exigente, onde a responsabilidade deve estar sempre presente e, particularmente, com custos de tempo?

Em novembro de 2022 iniciou-se um novo ciclo no PSD de Viana do Castelo. Tem sido para mim uma grande honra liderar a equipa da Concelhia do PSD de Viana do Castelo. Faço-o, de facto, com a consciência da exigência do cargo e com a convicção de que o PSD é a única alternativa à atual governação na Câmara Municipal de Viana do Castelo. Ser Presidente do PSD de Viana do Castelo não é para um mim um título, mas sim uma responsabilidade.

Neste seu mandato, que já tem um ano de vida, acha que algo mudou para melhor ou julga que o ritmo normal da vida política também não proporciona grandes alterações?

Embora a política seja um processo contínuo e as mudanças muitas vezes levem tempo até serem implementadas, o PSD de Viana do Castelo tem estado dinâmico e a operar muitas alterações, sobretudo na forma como desenvolve a sua ação política no Concelho de Viana do Castelo. A prova disso é o facto de, no último ano, ter crescido mais de 20% em número de militantes ativos. O PSD de Viana do Castelo constitui-se, assim, como uma alternativa política credível à atual governação socialista na Autarquia.

Todos sabemos que cada vez há menos gente a deixar-se atrair para a política. Longe vão os tempos em que era fácil para os partidos promoverem iniciativas de casa cheia e ver os militantes, quando solicitados, a darem a melhor colaboração. Como é a vida do PSD em Viana em termos de atividade?

A aposta do PSD de Viana do Castelo tem sido em atrair pessoas da sociedade civil sobretudo jovens. Se não tivermos jovens a entrar na política hoje, não teremos políticos para o amanhã. É exemplo disso, a reativação da JSD que estava sem direção e sem equipa. A atividade do PSD de Viana do Castelo tem sido muito intensa no último ano com diversas iniciativas. Destaco os eventos “Portugal – que Futuro”, onde foi nosso orador principal o Dr. Luís Marques Mendes, e também destinado aos mais jovens o evento “As Novas Gerações no Novo Estado Social” realizada no IPVC, cujo convidado principal foi o jornalista e comentador político Dr. Sebastião Bugalho.

Está-se na política porque se gosta ou porque se sente a necessidade de ser útil à sociedade?

Hoje, mais do que nunca, os cidadãos procuram nos políticos duas características fundamentais – honestidade e competência. Porque considero ter estas características e porque gosto da política, senti necessidade de poder utilizar uma parte significativa do meu tempo defendendo os interesses dos vianenses e de promover uma causa em que acredito, a Social Democracia. 

Falemos das ambições e dos projetos do PSD em Viana. No nosso concelho, em 12/12/1993 o PSD, depois de 17 anos de poder absoluto, perdeu as eleições autárquicas para o PS, não mais voltando a ganhar o Município. Nas freguesias, onde durante muito tempo foi poder na maioria delas, estará agora reduzido a cerca de meia dúzia, se bem que, presentemente, nos atos eleitorais predominem as listas de independentes. Como se pode justificar este recuo e que perspetivas se apresentam para o seu partido no futuro?

De facto, nessa perspetiva houve um recuo e a prova disso tem sido a falta de um desenvolvimento estruturado e consistente nas freguesias do concelho de Viana do Castelo, e aqui o PSD não tendo sido poder, não conseguiu ter um papel mais interventivo. Quanto ao futuro, o que lhe posso dizer é que estamos a trabalhar com as pessoas de cada uma das freguesias, no sentido de encontrar a melhor equipa para liderar em cada uma delas.Apesar de ainda estarmos a cerca de 20 meses das próximas eleições autárquicas, já temos soluções para uma boa parte delas. A ambição do PSD é gerir a Câmara de Viana do Castelo, tendo como objetivo fundamental implementar políticas para as pessoas, valorizando os vianenses. Estamos a elaborar um projeto desafiante, ambicioso e muito exigente. Um projeto voltado também para o crescimento económico do concelho. 

Como vê o trabalho autárquico dos outros partidos no nosso concelho, particularmente do PS?

O PS, que tem a maioria na Câmara Municipal, e que tem o poder, só têm cerca de meia dúzia de juntas de freguesia. Penso que isso é revelador da relação da Autarquia com as juntas de freguesia, relação essa que será necessariamente melhorada quando o PSD ganhar as próximas eleições autárquicas. Relativamente ao trabalho autárquico das juntas de freguesia lideradas pelo PS, o que lhe posso dizer é que está aquém daquilo que as pessoas e que as freguesias mais precisam. As juntas de freguesia têm de ser a primeira voz do desenvolvimento das suas terras, e, para isso, têm de se sentar à mesa com a Câmara Municipal no decorrer do seu plano de atividades e orçamento, para que este possa estar refletido no orçamento municipal. Aqui o presidente da Câmara tem de ser o agente equilibrador desse desenvolvimento, não tratando todos por igual, mas levando às freguesias a equidade que elas precisam para que todas tenham as mesmas oportunidades. E, isso sim, será a coesão territorial que o nosso concelho precisa, e que dela muito se fala, mas que pouco ou nada se faz. 

No fim deste seu mandato à frente da Concelhia social democrata é sua vontade submeter-se a eleições para novo mandato ou acha que deve dar o lugar a outros elementos do partido?

O projeto político para o qual fui convidado a liderar assenta sobretudo numa premissa interna de crescimento e proximidade com os militantes do PSD. O principal objetivo é voltar a liderar a Câmara Municipal e reconquistar a gestão de grande parte das Juntas de freguesia, em 2025. O projeto do partido que atualmente lidero, não se esgota em dois anos, é de continuidade, por isso, serei naturalmente candidato a renovar o meu mandato na Concelhia do PSD de Viana do Castelo, prosseguindo com este projeto político.

Não falta gente no PSD local para servir o concelho, particularmente no plano autárquico, ou julga que há cada vez mais gente desinteressada em prestar serviço público?

O exercício de funções autárquicas é um ato de cidadania e uma forma altruísta de viver em sociedade. O PSD tem, quer militantes, quer simpatizantes, com capacidade e sobretudo com disponibilidade para formar uma equipa competente, honesta e com espírito de missão para gerir com economia, eficiência e eficácia os recursos financeiros e materiais da Camara Municipal e das juntas de freguesia do nosso concelho. 

Ligado como está à política, como vê a governação de Portugal e como analisa o que vai pelo mundo? 

A governação em Portugal está como todos sabemos com um governo demissionário e com uma preocupante degradação das Instituições do Estado. Muito haveria aqui para falar, mas centremo-nos no futuro e sobretudo no próximo ato eleitoral que ocorrerá no dia 10 de março de 2024. O PSD é a única alternativa para governar o país e que tem estado na Assembleia da República a fazer política em prol da melhoria das condições de vida dos portugueses. 

O PSD é um partido que está verdadeiramente concentrado nos reais problemas das famílias portuguesas. O PSD tem um o propósito do desenvolvimento económico social das pessoas, o propósito da igualdade. Em relação ao cenário mundial a guerra entre a Rússia e a Ucrânia bem como o mais recente conflito entre Israel e a Palestina, são sem sombra de dúvida as situações mais preocupantes para todos nós.   

Item adicionado ao carrinho.
0 itens - 0.00

Ainda não é assinante?

Ao tornar-se assinante está a fortalecer a imprensa regional, garantindo a sua
independência.