Decorreu de modo atípico a festa pascal do corrente ano em Lanheses, quer quanto ao número de famílias que receberam a visita do Compasso no domicílio, quer no número de dias em que a cerimónia decorreu.
Com efeito, anuíram “abrir a porta” ao Compasso Pascal, de modo tradicional, cerca de meia centena de famílias, tendo a visita decorrido apenas num único dia quando, em tempo de normalidade, ocupava o domingo e a segunda-feira seguinte.
A comitiva pascal estava constituída pelo pároco residente Daniel da Silva Rodrigues, pelo Mordomo da Cruz em exercício Manuel Rogério, do lugar do Romão, duas jovens vestindo o traje típico minhoto e um dos filhos do Mordomo encarregado da recolha de prováveis donativos.
No interior das habitações, decorria a cerimónia protocolar adequada à celebração com as citações respeitantes à Ressurreição de Cristo constantes de uma apostilha previamente distribuída aos presentes no interior, sendo a cerimónia concluída com a concessão da benção dada pelo sacerdote, seguida de cânticos próprios da festa pascal. Por força das limitações sanitárias aplicadas a atos desta natureza não era permitido o tradicional “beijo da Cruz”.
Para percorrer o itinerário na freguesia desenhado para cumprir apenas em um dia, a comitiva pascal fez-se deslocar em duas viaturas automóveis, sendo que numa seguia, à frente, o padre da paróquia, e na segunda de caixa aberta, o mordomo levantando a Cruz.
Em formato económico não deixou de ser cumprida, na freguesia de Lanheses, a tradição da Páscoa.