Professores em vigília pela Escola Pública

Centenas de profissionais da Educação do distrito de Viana concentraram-se na última sexta-feira, à noite, na Praça da República para alertar “o fim da Escola Pública”. Os organizadores da vigília anunciaram uma marcha fúnebre para o dia 25 de fevereiro, em Lisboa.

Várias velas e vestidos em tons mais escuros, os professores, técnicos superiores e auxiliares de ação educativa concentraram-se junto dos Antigos Paços do Concelho e pediam “respeito” pela classe e lamentavam as negociações com o Ministério da Educação, que se prende apenas com os concursos da colocação dos professores. “O Governo diz que há avanços nas negociações. O que está em cima da mesa é apenas o regime de concursos. Tudo o que tem levado os docentes para a rua, ainda nem sequer começou a ser discutido”, lamenta o professor Paulo Cunha. O docente acrescenta: “O Governo só quer alterar o regime de concursos. E quer alterar para algo que não está a agradar a ninguém, nem aos contratados, nem ao pessoal do quadro, nem ao pessoal mais velho e mais novo da carreira. Ninguém está satisfeito”.

As vigílias pela “Escola Pública” iniciaram-se em setembro, em Viana do Castelo, com cerca de 12 professores. César Brito afirma que “nós temos uma coisa mais importante para discutir: Qual o ensino público que queremos para os nossos filhos? É nesse espírito que estas vigílias começaram em setembro”. O promotor das vigílias garante que “temos de manter estas reivindicações e sobretudo esta discussão, independentemente de amanhã o Governo ceder”.       

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