Mais cedo do que em anos anteriores, o casal de cegonhas-brancas que há cerca de 11 anos escolheu Lanheses como habitat, está de volta ao ninho construído no cimo do tronco de uma palmeira morta (num logradouro particular) onde criaram nos dois últimos anos. Já tinha avistado uma delas, talvez a fêmea, na quarta-feira dia 23 pousada na chaminé do edifício da antiga Casa do Povo onde nidificaram pela primeira vez, mas apenas tive oportunidade de fotografá-las um pouco mais tarde, juntas, dentro do novo lar.
O “despejo” do alojamento inicial preferido pelas cegonhas foi efetuado por razões sanitárias atendendo aos dejetos que caíam nas imediações do ninho causavam prejuízo e incómodo a quem ali circulava. Não obstante terem sido colocados na tampa da chaminé dois aparelhos com ventoinhas que limitam a criação de um ninho, as aves não deixam de lá pousar quando regressam da imigração.
Nos anos em que habitaram no cimo da chaminé, com muita visibilidade ao redor, chamavam a atenção das pessoas pela improbabilidade de ali terem conseguido construir e mantido um ninho de tamanhas dimensões. No entanto, Dona Lala e o sr. Lima, como foram batizados popularmente, puderam acrescentar à natureza mais de três dezenas de descendentes. Boa estadia e novo êxito para a próxima prole.
STOP É PARA PARAR
Aprendi na escola de condução que no sinal “stop” é para parar “ainda que seja no deserto”, mas a obrigação nem sempre é respeitada e cumprida seja por ignorância ou distração ou por mera atitude de desrespeito das regras legais e ausência de censo cívico.
Quem pretende aceder ao Largo Capitão Gaspar de Castro, em Lanheses, subindo pela Avenida Rio Lima, tem prioridade relativamente ao trânsito à direita e à esquerda da via. Houve, em tempos, um sinal de Stop colocado no topo do passeio à entrada do Largo, do lado onde funcionou a estação do Correio, mas a placa foi removida. Permanecem, contudo, para o trânsito transversal à Avenida, à direita e à esquerda, os sinais de paragem obrigatória, os quais, muito frequentemente, não são respeitados.
Uso várias vezes por dia o percurso acima descrito tendo assistido a situações verdadeiramente arrepiantes provocadas sobretudo pelos condutores dos veículos que vêm do lado direito, onde a visibilidade é mais reduzida ou mesmo nenhuma.
Há dias, alguém que aparentava ser jovem, saiu dali a conduzir uma viatura ligeira a uma velocidade acima de qualquer prudência não se tendo sequer dado ao cuidado de olhar à esquerda para se certificar se algum veículo com prioridade estava a entrar. Estes atropelos à sinalização são frequentes, e só por feliz coincidência é que não acorrem embates de consequências desastrosas. Até um dia. No espaço do Largo e ruas convergentes é cada vez mais difícil encontrar lugar para estacionar. E onde não há estacionamento acessível desencoraja eventuais clientes do comércio local. Acresce à falta, o facto de ainda ninguém se ter lembrado de criá-los para estacionamento diferenciado preferencial.