Requalificação da maternidade de Viana começa este mês

A requalificação do bloco de partos do Hospital de Santa Luzia, em Viana do Castelo, num investimento superior a 2,6 milhões de euros, vai começar nos dias 08 e 09 de novembro.

Contactada pela agência Lusa, fonte da Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM) explicou que “a obra será realizada em duas fases e, por esse facto, não implicará a desocupação do serviço”.

A mesma fonte adiantou que, “nos dias 08 e 09 de novembro, vai ser montado o estaleiro da obra, nomeadamente a colocação de uma grua de suporte à empreitada”, no espaço exterior da entrada principal da unidade hospitalar.

“No dia 9 de novembro, o acesso dos utentes ao hospital terá de ser feito pelo passeio junto à capela”, frisou a fonte.

A intervenção, financiada pelo Programa de Incentivo Financeiro à Qualificação dos Blocos de Parto do Serviço Nacional de Saúde (SNS), é há muito reclamada pela ULSAM.

A candidatura de requalificação da maternidade foi aprovada em janeiro de 2023. Em maio, durante uma visita ao hospital de Santa Luzia, o ex-ministro da Saúde, Manuel Pizarro, anunciou que o bloco de partos da maternidade iria ser alvo de obras de remodelação até ao final daquele ano.

A obra foi alvo de dois concursos públicos, porque o primeiro fechou deserto e só foi autorizada, por uma portaria do Governo, em agosto último.

Na altura, o presidente do conselho de administração ULSAM disse que a requalificação da maternidade “vai libertar o bloco operatório central, que está muito pressionado”.

Em declarações aos jornalistas, João Oliveira adiantou que “a maior diferença, para além da remodelação dos espaços atuais, é a criação de um bloco operatório e de um bloco de partos dentro do piso de ginecologia e obstétrica”.

“As parturientes que necessitem de cesarianas não terão de ir ao bloco operatório central, ficam mais próximo do serviço, com melhor atendimento, mas também a cirurgia programada de ginecologia pode ser executada neste bloco de partos, o que significa que nos vai libertar o bloco operatório central, que está muito pressionado e altamente esgotado em termos de capacidade”, sustentou.

A maternidade de Viana do Castelo começou a funcionar em 1968 e faz, em média, 1500 partos por ano.

Em maio, a Câmara de Viana do Castelo aprovou por unanimidade um apoio de 100 mil euros para a requalificação do bloco de parto do hospital de Santa Luzia.

Segundo a proposta da maioria socialista na autarquia, a maternidade “tem resultados clínicos excelentes, referenciados como exemplo na área do diagnóstico pré-natal, com reconhecido mérito por parte de outras instituições e pela tutela”.

“A maternidade de Viana do Castelo necessita de requalificar o seu bloco de partos, no sentido de melhorar a qualidade, a equidade, a segurança e a eficiência no atendimento das grávidas e recém-nascidos”, adiantava a proposta.

A ULSAM é constituída por dois hospitais: o de Santa Luzia, em Viana do Castelo, e o Conde de Bertiandos, em Ponte de Lima.

Integra ainda 12 centros de saúde, uma unidade de saúde pública e duas de convalescença, e serve uma população residente superior a 244 mil pessoas dos 10 concelhos do distrito de Viana do Castelo, e algumas populações vizinhas do distrito de Braga.

Em todas aquelas estruturas trabalham mais de 2500 profissionais, dos quais cerca de 500 médicos e mais de 800 enfermeiros.

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