Ana Sofia Antunes, secretária de Estado da Inclusão, visitou na última sexta-feira a Fundação AMA e foi desafiada pela presidente da Instituição para o Governo comparticipar a aquisição do edifício do Externato Maria Auxiliadora, das Irmãs Salesianas, onde estão instalados.
“A sua visita [ministra da Inclusão] tem especial significado porque ao longo de 15 anos de existência da Instituição nunca tinha sido visitada por nenhum membro do Governo”, contava Dora Brandão. A presidente da Instituição falava de um apoio a 120 utentes dos 10 concelhos do distrito de Viana, Barcelos e Esposende.
A também deputada na Assembleia da República dizia que “há uma autêntica inclusão da comunidade local”. Dora Brandão manifestava ainda a necessidade de criar um Lar/residência para os utentes e familiares. A responsável pediu ajuda à governante e ao autarca vianense, mas nenhum respondeu à solicitação.
“Nós temos um projeto estudado e pronto para este edifício só precisamos da ajuda e do financiamento”, dizia Dora Brandão. Acrescentando que “temos um contrato de comodato que nos permitiu não pagar renda”.
Luís Nobre manifestava que “as políticas públicas só interessam se chegarem às pessoas”. O autarca vianense considerava que “estas respostas têm de ser adequadas à realidade e procurar soluções inovadoras”.
Emanuel Curto, utente da Fundação AMA, também quis apresentar o depoimento. “Há certas coisas que não são perfeitas, mas temos aqui uma Instituição unida que não deve ser deixada de lado”, pedia. Dando ainda conta do projeto Campus que “não foi perfeito”, mas envolveu “toda a gente” e permitiu que “apreendêssemos alguma coisa”. Adiantando ainda que “os autistas vão sempre precisar de uma Instituição”.
A secretária de Estado não respondeu diretamente ao apoio pedido por Dora Brandão, mas falou de um aviso que o Governo vai lançar em outubro para habitações colaborativas. Ana Sofia Antunes manifestava que “precisamos de respostas residenciais, de centros de atividades (…), mas precisamos fazer de forma diferente e virados para a comunidade”.
Ana Sofia Antunes garantiu que o próximo passo do Governo é “criar equipas para acompanhar estas instituições para avaliar o que fazer caso a caso”. O objetivo é “conseguir que cada utente esteja nas respostas que sejam adequadas para si”.