À boleia da música, o Município de Valença prepara-se já este sábado, dia 06 de julho, para viajar no tempo e na sua história com mais de dois mil anos. Em causa está a realização de seis concertos num só dia, sendo o primeiro às 15h no interior da Fortaleza e o último às 22h no Jardim Municipal. Tendo como protagonistas a Banda Nova de Barroselas, a Banda Musical de S. Martinho da Gandra, a Banda de Gaitas e a Dixieband da Zé Pedro Associação Musical, serão interpretados temas como música tradicional portuguesa com gaita de foles, passando por arruadas e romarias, jazz, blues e até rock.
Os concertos decorrem no âmbito da iniciativa “Sente a História”, que está a realizar 30 concertos em 30 locais históricos do Alto Minho, envolvendo mais de 1500 músicos e 10 municípios. Esta é já a vigésima oitava ação do projeto, que tem como objetivo surpreender o público com novas abordagens e novos talentos.
Além de permitir uma experiência de história ao vivo, onde a música vai ao encontro da arquitetura dos monumentos, para além dos concertos, a iniciativa “Sente a História” contempla, pelas 16h, a visita guiada e animada à Capela Militar do Bom Jesus, onde serão contadas as memórias das campanhas, das companhias, das bandas e de séculos de vivência de vida militar que decorreu no interior daquele espaço. Na prática, trata-se de uma oportunidade para conhecer alguns dos pormenores mais marcantes de mais de dois mil anos de história da Fortaleza de Valença.
Os concertos e a visita têm entrada gratuita.
Sobre o “Sente a História”
O programa cultural “Sente a História – Ação Promocional de Música e Património – Novas Abordagens, Novos Talentos” apresenta características inéditas no país. Centrado na capacitação, valorização e no desenvolvimento de competências de diferentes gerações de músicos locais, bem como na criação de novos talentos, o programa decorre de 13 maio de 2018 a 21 de julho de 2019 e envolve os municípios de Arcos de Valdevez, Caminha, Melgaço, Monção, Paredes de Coura, Ponte da Barca, Ponte de Lima, Valença, Viana do Castelo e Vila Nova de Cerveira.
Além de permitir uma experiência de história ao vivo, onde a música vai ao encontro da arquitetura dos monumentos, contempla três linhas de programação (bandas filarmónicas, coros e jovens solistas do Alto Minho em contexto de música de câmara), tendo como objetivo surpreender o público com novas abordagens e novos talentos.
As bandas filarmónicas, com os novos maestros a garantirem o rejuvenescimento desta arte na sequência das ações de capacitação deste programa, vão atuar em contexto de concerto com interpretações surpreendentes com jazz, rock, fado, música barroca, popular ou erudita, em formato acústico ou com o som amplificado.
No que diz respeito aos coros, vai estar também patente o cruzamento da tradição com a inovação. Exemplo disso é o facto de o cantor popular repentista Augusto “Canário” ter escrito as letras das canções que vão invocar as lendas da região. Em paralelo, seis compositores de referência do jazz à música erudita (Afonso Alves, Eurico Carrapatoso, Carlos Azevedo, Fernando Lapa, Mário Laginha e Telmo Marques) compuseram sobre as palavras do sentir tradicional, 10 peças corais polifónicas dedicadas a uma lenda de cada município e, ainda, um Hino do Alto Minho. Vozes de todos os coros da região vão fundir-se no Coro Intermunicipal do Alto Minho, num gran finale a encerrar o projeto a 21 de julho de 2019, onde interpretarão todas as canções das lendas e o Hino do Alto Minho.
De modo a fomentar os tesouros patrimoniais do Alto Minho, os dias em que ocorrem os concertos serão também de património aberto, com visitas e tours guiados. Os horários das aberturas e os locais de interesse a visitar serão divulgados em www.senteahistoria.com, app e nas redes sociais da iniciativa. Em simultâneo irá decorrer um passatempo onde os visitantes poderão registar fotografias suas, tiradas nessas visitas e concertos, habilitando-se a ganhar vouchers para desfrutar em restaurantes da região.
A iniciativa é organizada pela CIM Alto Minho, produzida pela Eventos David Martins e cofinanciada pelo Norte2020 – Programa Operacional Regional do Norte.