Apesar do otimismo que evidenciámos neste espaço da nossa última edição, temos de reconhecer que nunca tantos descreram, se lamentaram, protestaram e vaticinaram a destruição de um sem número de pequenas e médias empresas, com o consequente crescimento do desemprego. E, com mais ou menos razão, nunca tantos exigiram da nação, apoios multiplicados.
Felizmente, ainda não perdemos a serenidade, e oxalá que aí não cheguemos, porque, então, teremos dificuldades acrescidas para continuarmos a enfrentar este inimigo, que sorrateiramente nos obrigou a franquear-lhe a porta e a acolhê-lo. Depois de reprimido no primeiro assalto, boa parte de nós acreditava que, com mais ou menos esforço, o levaríamos de vencida em curto espaço de tempo. Enganámo-nos. Mais cedo ou mais tarde, terminaremos vencedores, só que com custos avultados, onde a perda de vidas constituirá o drama maior. Venceremos porque este é um problema de todos, à escala planetária, e todos têm a consciência de que é preciso unir esforços e usar dos melhores instrumentos para ganhar a batalha.
Talvez tenhamos facilitado, acreditando que o fim estava à vista, porque nos julgamos mais experientes e porque vimos a ciência, articuladamente, a dar passos gigantescos para encontrar o antídoto que há de vencer quem nos afronta. Mas isso são reflexões para fazer posteriormente. Agora temos de fazer o que deve ser feito para poupar sofrimento e vidas, sem esquecer que há, no essencial, uma economia a defender, já que sem poder económico outros males surgirão, iguais ou de maiores consequências.
A nossa região será das menos preparadas para acudir aos efeitos do que já aconteceu e do que está para acontecer, disso nos dá conta a Associação Empresarial de Viana do Castelo (AEVC), prevendo um quadro pouco animador para o tecido empresarial e a economia local com mais este novo confinamento a adotar. Mas só nos resta saber resistir, não baixando os braços, antes sendo combativos, estudando comportamentos e procurando os apoios necessários. Já sabemos que não vai haver dinheiro para acudir a tudo e a todos, mas que a todos seja feita justiça por igual, não esquecendo que os mais carecidos devem ser os primeiros a ser socorridos.