No dia 30 de setembro, a igreja da Misericórdia acolheu a 11.ª edição do Dia do Património das Misericórdias, juntando representantes de várias instituições do país.
“Hoje é um dia simbólico, porque dois anos depois retomamos esta iniciativa”, frisava o presidente da União das Misericórdias. Manuel de Lemos recordava a morte dos antigos provedores da Misericórdia de Viana, Vitorino Reis e Luísa Vaz.
Aquele responsável adiantava que “faz todo o sentido que, uma vez por ano, nos encontremos para refletir sobre as nossas memórias e ao mesmo tempo pensar no valor material e imaterial que estas paredes contém”.
O Bispo da Diocese considerava que “as nossas Santas Casas já têm uma história e a história traduz-se em património”. D. João Lavrador manifestava que “felizmente começamos a tomar consciência da riqueza que é o património”, afirmando: “nós somos edificadores do futuro”.
O autarca vianense referia que “sentimos o peso desta instituição, que tem uma história com mais de 500 anos”. Luís Nobre lembrava que a autarquia que lidera há um ano tem “apostado na reabilitação do património”.
O primeiro painel do dia abordou o valor e a missão do património da Misericórdia de Viana. João Alpuim Botelho fez uma viagem pelos azulejos presentes na igreja. O historiador manifestava que “estes azulejos fazem parte da história da cidade”. As paredes da capela-mor são totalmente revestidas de painéis de azulejos, representando cenas da vida de Jesus e de Nossa Senhora, assinados por Policarpo de Oliveira Bernardes.
Ana Rita Cunha apresentou o Espaço de Memória, que funciona nas duas salas de exposição junto da entrada para a igreja. “São duas salas que acolheram exposições de artistas locais”, contava. A responsável pelo espaço dizia que “temos informações da história da instituição e do templo, mas também algumas peças museológicas. É muito importante para a Santa Casa receber todos os que nos visitam”. Adiantando: “queremos que este centro de acolhimento evolua para um centro de acervo”.