Amanhã, dia 23, o Município de Viana do Castelo homenageia Amadeu Costa. É o dia em que se assinala o centenário do nascimento do etnógrafo. As comemorações incluem a inauguração da exposição “AMADEU COSTA – Homenagem pelo centenário de nascimento”, no Museu do Traje, e uma Sessão Solene Comemorativa do Centenário do Nascimento, que decorre, à tarde, no Teatro Municipal Sá de Miranda.
MINISTRO DA EDUCAÇÃO NA COMISSÃO DE HONRA
Fazem parte da Comissão de Honra dedicada a homenagear Amadeu Costa o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues; o presidente da Câmara de Viana do Castelo, José Maria Costa; o presidente da Associação Empresarial de Viana do Castelo, Manuel Cunha Júnior; e o presidente da Comissão de Festas da Senhora d’Agonia, António Cruz. Integram ainda a Comissão de Honra o presidente da União de Freguesias de Viana do Castelo, José Ramos; a presidente da Direção do Teatro do Noroeste – Centro Dramático de Viana, Elisabete Pinto; a Associação Musical José Pedro – ZEPAM, representada por Fernando Baganha; o presidente da Associação dos Grupos Folclóricos do Alto Minho, Alberto Rego; o presidente da Entidade de Turismo do Porto e Norte, Luís Pedro Martins; e Mário Sousa Pinto.
Amadeu Alberto Lima da Costa foi etnógrafo, investigador e dinamizador cultural. Nasceu a 23 de outubro de 1920 e faleceu em 30 de março de 1999, em Viana do Castelo. Nascido no bairro da Ribeira, mais propriamente na Rua do Loureiro, troço atualmente denominado Rua Monsenhor Daniel Machado, foi um incansável lutador pela criação de um museu dedicado ao traje regional em Viana do Castelo. No momento da aquisição do edifício do Banco de Portugal para a instalação desse Museu, em 1996, foi ele que organizou a exposição Traje Regional, a primeira que aí se realizou. Também por esta razão, o Museu atribuiu a uma das suas salas o nome de Galeria Amadeu Costa.
FAMÍLIA DOA TRAJES
Falecido em 1999, a família estabeleceu com a autarquia vianense um protocolo de doação de uma valiosa coleção de trajes que pertenciam a Amadeu Costa ao Museu do Traje. Esta doação incluiu algibeiras, aventais, saias, coletes, casacas, camisas, lenços, calçado, meias, toalhas e trajes de homem e mulher, enriquecendo o património do espaço museológico.
TRABALHO N’ A AURORA
Como profissão principal tinha a de técnico de contas. Trabalhou, enquanto estudante, no A AURORA DO LIMA, onde deu os primeiros passos no jornalismo. Nos anos 1960/70, foi correspondente dos jornais lisboetas “O Diário de Lisboa” e” A Capital”. Nos anos 1950/60, esteve ligado à Fábrica de Louça da Meadela. Nesse período de grande criatividade e renovação da cerâmica aí produzida, supervisionou as mostras organizadas com grande êxito em diversos locais do país.
Calígrafo iluminador, executou pergaminhos, alguns em parceria com Araújo Soares, destinados a entidades diversas, entre elas a Presidência da República Portuguesa e a Rainha Isabel II de Inglaterra.
Foi condecorado por imensas instituições, destacando-se a medalha de ouro da cidade de Viana do Castelo. À data da sua morte, com 78 anos, mantinha grande atividade criativa e de pesquisa e tinha muitos projetos em mente.