A Assembleia de Freguesia da União de Freguesias de (Santa Maria Maior, Monserrate) e Meadela, realizada no passado dia 24 de setembro, aprovou por unanimidade um “Voto de pesar, pelo desaparecimento do Bispo da Diocese, D. Anacleto Oliveira, subscrito por todas as forças políticas com assento na Assembleia de Freguesia e aprovado por unanimidade. Foi cumprido um minuto de silêncio. O texto do voto de pesar transcreve-se, em seguida:
D. ANACLETO CORDEIRO GONÇALVES DE OLIVEIRA (1946-2020)
A Assembleia de Freguesia da União de Freguesias de Viana do Castelo (Santa Maria Maior, Monserrate) e Meadela, reunida em sessão ordinária, manifesta publicamente a sua consternação e profunda tristeza pelo desaparecimento abrupto e precoce do Bispo da Diocese de Viana do Castelo, D. Anacleto Cordeiro Gonçalves de Oliveira.
À família enlutada deixamos as nossas condolências, bem como a toda a comunidade eclesiástica que representa, designadamente a Diocese de Viana do Castelo. Temos a certeza de que é uma perda de difícil preenchimento.
D. Anacleto Oliveira nasceu a 17 de julho de 1946, na freguesia de Cortes, em Leiria, e foi ordenado sacerdote a 15 de agosto de 1070. Após a ordenação, estudou Sagrada Escritura, em Roma, e na Alemanha, onde foi capelão de uma comunidade portuguesa durante 10 anos.
Nomeado Bispo Auxiliar de Lisboa em 2005, D. Anacleto foi nomeado Bispo no Santuário de Fátima, no dia 24 de abril desse ano por D. Serafim Ferreira e Silva, então Bispo da Diocese de Leiria-Fátima.
No dia 11 de junho de 2010, D. Anacleto Oliveira foi nomeado Bispo de Viana do Castelo, o quarto Bispo da Diocese criada pelo Papa Paulo VI, em 1977.
Este verão, D. Anacleto Oliveira assinalou no dia 14 de agosto os 10 anos de Bispo de Viana do Castelo e 50 de ordenação sacerdotal.
Em declarações à agência Ecclesia por ocasião do jubileu sacerdotal, D. Anacleto Oliveira recordou o dia em que chegou a Viana do Castelo, a 15 de agosto de 2010, para onde foi “à aventura”.
“Estava um calor infernal nesse dia, vim para aqui às escuras, não conhecia o Minho nem procurei conhecer, apenas me informei o que era Viana do Castelo e vim à aventura”, lembra.
Dez anos depois, D. Anacleto dizia que se sente bem no Minho e, quando está fora sente saudades e gosta da “maneira de ser minhota, extrovertida e brincalhona”.
“Eu sinto-me bem aqui e quando estou fora sinto saudades de Viana. É difícil não se enamorar por esta Diocese, encontramos aqui pessoas tão boas e de quem recebemos muito e muitas lições, são pessoas abertas à mensagem que procuramos transmitir e isso é compensador para nós”, afirmou na altura.
D. Anacleto Oliveira, era um homem bom, bondoso, afável, de uma simpatia contagiante, amigo do povo, preocupado com os problemas das classes trabalhadoras e dos mais desfavorecidos, de mente aberta e esclarecida.
“Não podemos deixar de registar todo o empenhamento e ação de D. Anacleto Oliveira no processo de canonização do então Beato Frei Bartolomeu dos Mártires.”
Por todas as razões a Assembleia de Freguesia da União de Freguesias de Viana do Castelo (Santa Maria Maior, Monserrate) e Meadela, em sessão ordinária no dia 24 de setembro, vem expressar o seu voto de pesar pelo falecimento do Bispo da Diocese de Viana do Castelo, D. Anacleto Oliveira.