UMinho recebe exposição de instrumentos musicais chineses

A galeria do Largo do Paço, no centro de Braga, acolhe até 31 de maio a mostra “Instrumentos Musicais Chineses”. O espólio inclui mais de meia centena de peças, como réplicas de instrumentos do marquês Yi de Zeng (século V a.C.) e instrumentos de minorias étnicas chinesas. A exposição tem entrada livre de segunda-feira a sábado, das 10h00 às 18h00. É organizada pelo Instituto Confúcio da Universidade do Minho (ICUM), com apoio da Reitoria e do Centro Científico e Cultural de Macau, sendo comissariada por Paulo Sá Machado.

A inauguração contou com o reitor Rui Vieira de Castro, a vice-reitora Manuela Martins, o diretor do ICUM, António Lázaro, e o investigador Enio de Souza, que proferiu a conferência “Música e instrumentos musicais chineses em Portugal”. O programa inclui também um concerto de música de câmara chinesa pelo Ensemble de Cheong Hong de Macau, a 9 de maio, às 18h00, no salão nobre da Reitoria da UMinho e aberto ao público. Há ainda ateliers de instrumentos musicais chineses entre 13 e 17 de maio, destinados a alunos a partir do 2º ciclo, associações culturais e à comunidade em geral. Sob a mesma temática, o ICUM vai apoiar igualmente a 4ª Conferência de Lisboa, nos dias 6 e 7 de maio, no Centro Científico e Cultural de Macau.

A música chinesa é destacada desde a antiguidade em manifestações e rituais, representando o equilíbrio entre céu e terra, homem e natureza, Yin e Yang. A classificação de instrumentos baseia-se sobretudo em oito elementos naturais (metal, pedra, terra, pele, seda, madeira, cabaça, bambu), que são materiais usados na construção dos instrumentos ancestrais e estão também ligados aos pontos cardeais e às estações do ano. Não se usa o verbo “tocar”, mas sim as expressões “arqueio” violino, “sopro” flauta ou “bato” tambor. Na arqueologia musical, sobressai o túmulo de Yi de Zeng (433 a. C.), achado em 1977 na província de Hubei e com mais de cem instrumentos, como cítaras (seqin), um carrilhão de 32 pedras sonoras (bianqing) e outro de 64 sinos em bronze (bianzhong), com inscrições sobre teoria musical e, alguns deles, temperados de tal forma que produzem notas distintas.

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