A administração dos portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL), aprovou, na última sexta-feira, a prorrogação, por mais 20 anos, da concessão do parque empresarial da Praia Norte ao município. O anúncio foi feito pelo autarca vianense durante a tertúlia “Dinamização industrial como fator de competitividade regional”, promovida pelo Fórum Vianense, nas instalações do porto de mar, em Darque.
“Fizemos um estudo económico e pedimos a prorrogação da concessão, que vai permitir fazer investimentos naquela área no valor de 20 milhões de euros”, dizia o autarca socialista. José Maria Costa falava do investimento privado, das empresas lá instaladas, mas também público. Neste caso lembrou a criação de uma “nova empresa, uma aceleradora”, que permitirá criar um laboratório tecnológico. Esta parceria será feita com a Universidade do Minho.
O autarca vianense deu conta ainda de várias intenções de investimento no concelho. Hoje, quinta-feira, será discutido em sessão ordinária do executivo o investimento de uma empresa espanhola na ordem dos 17 milhões do setor automóvel e que criará 70 postos de trabalho. A mesma deverá ser instalada no Parque Empresarial de Lanheses.
Durante a tertúlia, o edil indicou que entre 2013 e até final de 2018, foram criados 3.557 novos postos de trabalho que resultaram da assinatura de 41 contratos, num investimento de 263 milhões de euros, nos quatro parques empresariais do concelho (Praia Norte, Alvarães/Neiva, Lanheses e Meadela). José Maria Costa informava ainda da intenção de abrir novas áreas empresariais. “Estamos na fase de revisão do Plano Diretor Municipal, porque esgotamos as áreas empresariais e pensamos criar novas áreas”, referia.
José Maria Costa dizia que Viana está com “uma vibrante atividade económica”.
Apresentando alguns números, o autarca socialista manifestava que Viana é o oitavo concelho mais exportador da região Norte e o 17.º do país. “Dentro de dois anos chegaremos à 10.ª posição”, dizia.
O presidente da Martifer, que detém os estaleiros da WestSea também marcou presença na tertúlia e considerava que a aposta em Viana foi “uma batalha ganha”. Carlos Martins manifestava que “tentamos recuperar o conhecimento dos estaleiros”.
Também o representante da APDL frisava que a empresa detida em 100 por cento pelo Estado Português veio para Viana com o intuito de “melhorar a eficiência” do porto. Joaquim Gonçalves anunciava que “no primeiro trimestre tivemos um crescimento de 19% em relação ao período homólogo. Nós precisámos de melhorar a nossa área de armazenamento e a nossa eficiência”.