Tivemos oportunidade de assistir na RTP1, na passada terça-feira, dia 02 de julho, a uma saudável disputa sobre a desejada supremacia de um dos doces apresentados a concurso. Após quatro jornadas que o nosso arroz doce ultrapassou, foram sete os que se apresentaram na Praça da Liberdade em Viana do Castelo e que terminaram na seguinte posição: charutos dos Arcos, roscas de Monção, bolo de mel das terras da Nóbrega, arroz doce de Perre, leite creme, de Ponte de Lima, e torta de Viana e sidónio. A respetiva classificação foi obtida através de voto via telefónica.
E terminou assim a participação de Perre na iniciativa da RTP, posicionando-se precisamente a meio da tabela. Fomos a localidade participante com o número de habitantes mais reduzido (o que certamente prejudicou a nossa participação), mas fomos certamente aquela que mais vibrou em defesa dos costumes da terra. Não faltou a presença dos presidentes da Assembleia e da Junta de Freguesia, como não faltou a harmonia das vozes de um coro ligado ao Grupo de Danças e Cantares, assim como a presença de um público entusiasta e participante. De permeio, o João Gigante tocou e falou sobre arte e das dificuldades que a mesma “oferece” a quem a ela se entrega.
Houve cânticos – “Perre é um busto erguido à amizade, Perre é o custo de muita intranquilidade”. Tema tantas vezes cantado nas Janeiras da nossa saudade. Houve humor (e até um certo humor maroto) e humildade na feitura e na apresentação do tema.
Perre esteve lá, na Praça da Liberdade da nossa cidade, e soube ser igual a si mesma. E também o arroz doce de Perre foi muito bem defendido pelos nossos representantes, não fosse ele o doce de eleição que a freguesia apresenta em dias de festa, em reuniões familiares e noutros eventos que ultrapassam a rotina diária.
Tornaram-se quase míticas algumas cozinhas de Perre a quem era concedida a fama da feitura do melhor arroz doce, com ou sem pau de figueira a mexê-lo. E nunca foi esquecido o sabor ainda quente do momento de rapar a panela, fruto da benevolência dos mais velhos para os mais novos.
Apercebemo-nos que, apesar da reduzida expressão populacional que detemos em relação aos outros participantes e, obviamente, à expectativa de votos, a colaboração, a amizade e o entusiasmo que Perre coloca nos seus empreendimentos assumem um significado incalculável, e torna-nos orgulhosos de vivermos cá. Assim o saibamos ser sempre.
À autarquia perrense não podemos deixar de endereçar um enorme elogio, bem como a todos os que com ela colaboraram, direta e indiretamente.
E, obviamente, felicitamos os vencedores, que representarão o distrito de Viana do Castelo nas próximas etapas, pois eles são agora os nossos representantes eleitos.
Falecimento
No dia 24 de junho, faleceu na sua residência, sita na Estrada da Costa, em Perre, a sra. Madalena V. Gonçalves Bravo. A extinta detinha 96 anos de idade e era natural da vizinha freguesia de Outeiro. Foi a sepultar no Cemitério da freguesia de Perre.
À família enlutada, apresentamos sentidas condolências.