Afife mantém a tradição de se organizar em romeiro, e na madrugada do 28 de agosto ruma ao alto da serra de Arga, para estar presente na noite das concertinas, das danças e das bandas de música.
Este ano foram 30, aqueles que partiram pelas 5 da madrugada do largo do casino, mas pelo caminho viriam a juntar-se mais dois elementos, o Lopes de Areosa com a sua concertina e o Camilo Ramos, que é dos mais antigos elementos do romeiro de Afife.
A chegada ao alto da serra, como se dizia em Afife, aconteceu por volta do meio dia, ali o romeiro dançou ao som das concertinas dos Cachenos, que fazem questão de estar sempre presentes na altura da romaria.
Em tempos, as gentes de Afife faziam este percurso, para cumprir promessas e por vezes estas demoravam anos a ser cumpridas, pois era frequente as pessoas prometer ir até à capela, a rezar, mas não poderiam falar, acontecia que pelo caminho, ou não resistiam a um cantar, ou a uma qualquer conversa e então ficava sem efeito a promessa e teria que ser cumprida no ano seguinte.
O que ainda hoje se mantém, é o romeiro ao chegar ao alto da serra, dirige-se à capela, dá as três voltas e depois a moeda ao Santo, que não pode ser menos de um euro e outra das negras ao diabo, porque reza a lenda que a moeda branca é para o Santo e a negra para o diabo.