É grande a azáfama atualmente vivida pelos “amigos do desporto”, grupo que integra o pelouro do desporto da Associação Cultural e Recreativa de Vila Franca (ACRVF), pois é já no dia 09 do próximo mês de novembro, que se realiza a 7.ª caminhada noturna e é necessário fazer um estudo do percurso, prever as situações mais bizarras para tentar evitar situações que diminuam o entusiasmo dos participantes ou coloquem em causa a integridade física dos participantes, contactar as pessoas e escolher os locais mais adequados para as alegres surpresas da noite.
Para esta iniciativa, que tem sido alvo dos maiores panegíricos, “os amigos do desporto” estabeleceram um limite de participantes, limite esse que foi atingido pouco tempo após a abertura do período de inscrições, o que provocou o encerramento das mesmas. Já foi, entretanto, aberto um novo período de inscrições para possibilitar a participação de mais aficionados, elevando para cerca 800 os participantes nesta edição.
Está de parabéns a Associação Cultural e Recreativa de Vila Franca, o seu pelouro do desporto e “os amigos do desporto” por mais uma grande iniciativa, que já deixou de estar limitada ao concelho de Viana do Castelo.
Contamos dar mais informação sobre a 7.ª caminhada noturna, em próximas edições.
FUTEBOL CLUBE DE VILA FRANCA
Para apreciação e votação do relatório de atividades e contas, referentes à época 2018/2019 e do plano de atividades e orçamento para 2019/2020, o Futebol Clube de Vila Franca reuniu em Assembleia Geral no dia 10 do mês em curso. Não se poderá dizer que a época passada, no que se refere à prática desportiva, seja digna de grandes encómios, uma vez que uma equipa com o historial futebolístico do F. C. Vila Franca a disputar o campeonato do INATEL, com o devido respeito por todos os que nele participam, não é do agrado de nenhum vila-franquense, que goste do seu clube.
Todavia, individualmente, não se pode, nem deve atribuir culpas a quem quer que seja, por este momento desagradável da vida do clube.
Se culpas houvesse, e houve com certeza, essas devem ser atribuídas a todos os associados e é a eles que compete trabalhar para que o clube se posicione entre os melhores, a nível regional, isto mesmo tendo consciência que há um número bastante considerável de sócios que tem como único objetivo ajudar o clube.
Na história do futebol em Vila Franca, mesmo antes da fundação do F. C. Vila Franca, ocorrida no dia 01 de agosto de 1976, foram vividos muitos momentos bons e outros menos bons, tendo, porém, existido, sempre, a capacidade necessária para dar a volta por cima das situações mais complicadas.
Ao que ouvimos, a grande preocupação dos atuais corpos gerentes, foi e é, criar condições para a auto sustentabilidade do clube, na perspetiva de, no futuro, os associados se sentirem mais motivados para assumir os destinos do clube da sua terra. Assim, da atividade realizada salientamos a participação da equipa de futebol no campeonato do INATEL e na taça; a realização de convívios, indispensáveis para manter um clima de boa camaradagem entre todos, e os contactos com os associados.
Podemos verificar a existência de uma atenção especial para com as instalações, nomeadamente no que se refere à sua manutenção, para uma eficaz utilização, e uma louvável disponibilidade para colaborar com outras organizações locais como, a título de exemplo, o Motoclube Foz do Lima e a comissão da Festa das Rosas.
JANEIRAS
Efetuou-se, também, o já tradicional “cantar as janeiras”, levando à casa de todos e de cada um, o desejo de um bom ano, ao mesmo tempo que se recebem uns “cobres” que tanto jeito dão para enfrentar as responsabilidades financeiras da instituição.
Relativamente às contas, é sempre bom verificar que, depois de um ano de trabalho, ainda se amealharam umas boas centenas de euros. Trabalho de formiga, economizar nas melhores alturas para poder gastar em ocasiões de menor fertilidade.
A facilidade de gestão de uma instituição como o Futebol Clube de Vila Franca tem muito a ver com a maneira como, à partida, é encarada essa mesma gestão. Sem ser necessária a vitimização ou a sobrevalorização do efetuado, é necessário, acima de tudo, ter os pés bem assentes na terra e não cometer erros que sobrecarreguem o trabalho dos dirigentes seguintes, que possam comprometer o bom nome ou o trabalho da instituição.
Perspetivando uma época futebolística no campeonato distrital da 2.ª divisão que não desmereça os pergaminhos a que os vilafranquenses se habituaram, está prevista a organização de um torneio de futebol de 5, o “cantar as Janeiras”, mantendo, assim, o que já é uma tradição ao mesmo tempo que se melhora a situação financeira do clube; preservar todas as instalações do campo Visconde da Barrosa, mantendo-o em pleno funcionamento e melhorá-lo em alguns aspetos, alguns mesmo considerados imperativos, são objetivos da direção do Futebol Clube de Vila Franca. Mas o grande objetivo é, indubitavelmente, a instalação de um piso sintético no campo de jogos. E, aqui, uma questão se levanta: se a Associação de Futebol de Viana do Castelo impõe a existência de piso sintético a todos os clubes que disputam a 1.ª divisão distrital, como pode o Futebol Clube de Vila Franca ambicionar e lutar pela subida de divisão, se depois for obrigado a socorrer-se, nos chamados “jogos em casa”, de recintos alheios, emprestados?
Como se sentirão os apaniguados do futebol ao sentirem-se obrigados a, todas as semanas, se deslocarem para fora da freguesia se quiserem ver o seu clube jogar? Saibam as instituições que têm a capacidade de decisão como o Instituto Português do Desporto e da Juventude, Câmara Municipal, Junta de Freguesia e outros que possam ter uma intervenção positiva neste caso, compreender essa real e urgente, necessidade e os apaniguados do futebol poderão ver, dentro de pouco tempo, o campo Visconde da Barrosa dotado do ambicionado piso sintético. Analisada a situação ao nosso nível, é necessário muito dinheiro e muito trabalho, mas há, também, muita vontade. Parafraseando Fernando Pessoa: Deus quer, o homem sonha, a obra nasce.
BANCADAS
Enquanto isso não acontece, teremos possibilidades de observar a concretização de alguns trabalhos que ajudarão a ultrapassar algumas situações menos dignificantes para o clube, como a demolição de instalações antigas, já em fase de conclusão, anexos que foram importantes à época da sua edificação, os primeiros anos do Futebol Clube de Vila Franca, mas que, a partir de 1997/1998, com a edificação das bancadas, que sob si próprias passaram a fornecer mais e melhores condições, e à construção do café/bar e sede social, ocorrida em 2000, deixaram de ter qualquer utilidade e passaram a ser uns “monos” que importava derrubar.
Também a instalação de painéis solares para aquecimento de água para banhos, vai dar à direção condições que possibilitam um menor dispêndio financeiro, ao mesmo tempo que é reduzida a emissão de gases pela queima de gasóleo, prejudiciais ao meio ambiente, o que é de salientar.
O exercício da liberdade exige responsabilidade. Quando pretendermos criar qualquer coisa e temos dúvidas, ou quando tencionamos comentar, se não soubermos, perguntemos antes de agir. Quando criticarmos tenhamos consciência do que fazemos. Assumamos as nossas críticas, sejamos frontais.
Não levantemos muros a quem tem como único objetivo trabalhar com um verdadeiro espírito de serviço. A qualidade de vida das populações passa, também, pela criação e manutenção, de estruturas de entretenimento e lazer. É nosso dever considerar a atitude de quem quer trabalhar em prol da comunidade. Vem isto a propósito do conhecimento que temos, de umas ameaças e tentativas de denegrir, colaboradores do F.C. Vila Franca, efetuadas sobre a capa do anonimato.
Nem o facto de se poder tentar compreender aqueles que não dão a cara por medo, evita a condenação destas ações. Espera-se, sinceramente, que os afetados não se verguem as estas indignas atitudes.