Bartolomeu dos Mártires é o novo santo de Portugal

O bispo de Viana do Castelo, D. Anacleto Oliveira, disse este sábado, na homilia da vigília de oração em ação de graças pela canonização de Bartolomeu dos Mártires, que o novo santo português “entranhou as enfermidades do seu povo”.

Na igreja de São Domingos, D. Anacleto de Oliveira presidiu à celebração de festa, evocando a figura do arcebispo do século XVI, que está sepultado neste espaço por vontade expressa do próprio.

Frei Bartolomeu dos Mártires nasceu em Lisboa a 03 de maio de 1514, e é recordado como um modelo de dedicação à Igreja Católica e aos mais necessitados; a nível internacional, afirmou-se como uma das vozes de referência no Concílio de Trento, num momento em que a Igreja Católica estava confrontada com a Reforma Protestante.

Na vigília de oração em ação de graças pela canonização de Bartolomeu dos Mártires estava também presente D. Antonino Dias, bispo de Portalegre-Castelo Branco, natural de Monção e que recebeu a sua ordenação episcopal na igreja de São Domingos.

Em declarações à Ecclesia, o prelado disse que S. Bartolomeu dos Mártires é “um exemplo para todos”, acrescentando que a sua obra “causa fascínio”.

O presidente da Câmara de Viana do Castelo, José M. Costa, também esteve presente na celebração e salientou que não são apenas as dioceses do norte “que estão em festa, mas toda a Igreja em Portugal”.

Ao longo da vigília foram lidos trechos da obra «Estímulo de Pastores», da autoria de São Bartolomeu dos Mártires; no final as relíquias do novo santo português foram veneradas.

PRESIDENTE DA REPÚBLICA EM BRAGA

No domingo à tarde celebrou-se a Eucaristia de ação de graças na Catedral de Braga, presidida pelo prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, cardeal Angelo Becciu, o qual fez a leitura do decreto de canonização. Na oportunidade, apontou Bartolomeu dos Mártires como exemplo de humanista e verdadeiro pastor, não governando o rebanho de longe e indo ao encontro dos outros.

Uma cerimónia que registou a presença de diversas personalidades civis e religiosas. Entre elas, os bispos de Viana do Castelo, Bragança-Miranda, arcebispo de Braga, Cardeal Patriarca de Lisboa, além do próprio Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

Na oportunidade, considerou o novo santo como uma dos “grandes reformadores da Igreja”. “Ele viu a uma distância de 500 anos muito daquilo que é a mensagem da Igreja de hoje e de todos os responsáveis políticos de hoje”, sublinhou, acrescentando que “é aquela que dá prioridade aos pobres, aos sacrificados e aos sofredores, a par da necessidade dos que mais têm ajudarem os que vivem com mais dificuldades”.

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