O projeto Atlantis permitirá que robôs substituam humanos em tarefas de manutenção e controlo da produção de energia eólica oceânica. O mesmo foi apresentado recentemente em Viana do Castelo e reúne empresas e instituições universitárias. A iniciativa tem um valor global de investimento de 8,5 milhões de euros e prevê a instalação de dois centros de testes até 2023. O consórcio é liderado pelo INESC TEC, EDP Renováveis e a Principle Power.
Um dos centros de teste vai ser instalado na Doca de Viana e permitirá efetuar a manutenção do parque eólico instalado no mar, ao largo de Viana do Castelo. “É um projeto com cinco países e muitos parceiros, que vão testar robótica para atividades e plataformas de produção de energia ou aquacultura”, referia o autarca vianense.
José Maria Costa acrescentou: “há novos desenvolvimentos ligados à energia do mar. Todo este trabalho permite reduzir riscos para as embarcações, para as atividades tradicionais. É um projeto de grande vanguarda do ponto de vista científico”. Adiantando que “está a desenvolver-se em Viana do Castelo um verdadeiro cluster das energias renováveis oceânicas”.
O projeto vai ter uma unidade de testes instalada na Doca e posteriormente vai ter uma unidade real nas plataformas do WindFloat Atlantic (parque eólico instalado ao largo de Viana do Castelo).
O objetivo do projeto europeu Atlantis é criar uma plataforma pioneira na Europa para demonstrar as tecnologias e soluções robóticas que são essenciais à inspeção e manutenção de parques eólicos offshore (no mar) de todo o mundo. E, consequentemente, mitigar riscos e diminuir custos de operação e manutenção destes parques.
O investigador coordenador dizia que o projeto vai permitir “às instituições e empresas que atuam no âmbito da energia eólica marítima reduzir os custos de manutenção e inspeção das estruturas”. Andry Pinto acrescentava que os “robôs vão automatizar certas atividades que exigem logística, recursos humanos e embarcações”.
CMR