A DECO Minho recebeu recentemente reclamações de consumidores insatisfeitos com a prestação de serviços da empresa Águas do Alto Minho (AdAM) que, desde o início deste ano, tem o contrato de concessão da exploração de águas e saneamento em sete municípios do distrito de Viana do Castelo.
As reclamações respeitam, na sua maioria, a erros de leitura, cobrança de taxas de saneamento em zonas ainda não servidas pela rede pública para o efeito, aumento exacerbado das tarifas da água, entre outras. “A atuação lesiva desta empresa agravou-se nas últimas semanas, período em que vigora o estado de emergência nacional”, refere a DECO.
“Se a prestação de serviços desta empresa já lesava os direitos e interesses económicos dos consumidores, nesta crise pandémica em que muitas famílias veem o seu rendimento diminuído, os seus erros têm repercussões graves nos orçamentos das famílias minhotas”, acrescenta.
Já antes, um “grupo de cidadãos indignados e revoltados com a situação” decidiu apelar a um protesto que tem por base a “colocação de uma bandeira branca (toalhas ou panos brancos) nas janelas ou portas de casas e estabelecimentos comerciais”.
AdAM EXPLICA-SE
Face a esta situação, a administração das AdAM, marcou para ontem uma conferência de Impresa. A empresa refere que está a proceder à regularização de todas as faturas que foram emitidas com incorreções e que está a reforçar os serviços de atendimento telefónico e eletrónico. Acrescenta que não fará cortes de água até junho e irá disponibilizar a possibilidade de solicitarem o pagamento em prestações sem juros.
A emissão das faturas relativas ao mês de março só ocorrerá quando estiver garantida a resolução dos problemas, afirma. As anomalias verificadas na faturação serão regularizadas através da emissão de notas de crédito, caso tenha sido cobrado algum valor indevido
O Conselho de Administração apresentou desculpas aos clientes.