Hoje, em plena ponte internacional de Melgaço-Arbo, os autarcas do sul da Galiza e do Alto Minho pediram a criação de um cartão de cidadão transfronteiriço para promover uma “verdadeira cidadania europeia”. A exigência é do Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial (AECT).
“Reclamamos a criação de um cartão que identifique todas as pessoas que vivem neste território, os que aqui fazem a sua vida, aqui trabalham e aqui vivem os seus tempo de lazer, independentemente do país em que residem e para que no futuro, se houver necessidade de voltar a fechar as fronteiras, estas pessoas não voltem a ser afetadas”, afirmou o responsável do AECT Rio Minho, Úxio Benitez.
“A pandemia de Covid-19 vai trazer uma crise económica importante, que será a dobrar nesta região devido ao encerramento das fronteiras, porque nos impediram de nos relacionar comercial e economicamente com os nossos vizinhos do lado. Por isso, instamos as autoridades regionais, nacionais e europeias a agilizarem os instrumentos económicos necessários para compensar este território. Exigimos a criação da figura da ITI para o próximo quadro comunitário”, acentuou Úxio Benitez.
Depois de hoje terem sido reabertas mais três pontos de passagem fronteiriço, entre Portugal e Espanha, o AECT pretende “o reforço de medidas de apoio indiretas, designadamente a implementação de uma campanha de promoção conjunta em Portugal e Espanha, de modo a transmitir a mensagem de território seguro e o retorno e a importância do comércio local transfronteiriço”.
Constituído em fevereiro de 2018, o AECT Rio Minho abrange um total de 26 concelhos: os 10 municípios do distrito de Viana do Castelo que compõe a Comunidade Intermunicipal (CIM) do Alto Minho e 16 concelhos galegos da província de Pontevedra.