De 10 a 18 de novembro, a companhia de Teatro do Noroeste-CDV dinamiza, na cidade, a 4.ª edição do Festival, que vai decorrer nas duas salas do Teatro Sá de Miranda e ainda na Biblioteca Municipal.
“Vamos avançar com a sua realização, mas com algumas adaptações para este ano que é diferente”, salienta o diretor artístico da Companhia. Ricardo Simões, em conferência de imprensa, manifestava que “quer do ponto de vista da programação, quer do ponto de vista da segurança estamos a fazer tudo o possível para ter o festival possível”. Para isso, decidiram dividir os espetáculos pela Sala Principal do Teatro do Noroeste e ainda pela sala de espetáculos do Café Concerto. Na Biblioteca Municipal, decorrerá ainda uma instalação plástico-sonora dedicada a Ruben A., por João Ricardo, e uma palestra sobre a obra dos dois artistas.
Com uma programação “eclética”, Ricardo Simões destacou a peça “Falar verdade a mentir” da companhia organizadora, com encenação do ator António Capelo. A peça será exibida no dia de arranque do festival, dia 10, às 21h30.
“Este `Falar a Verdade a Mentir` é uma espécie de exercício que fazemos, virados para nós próprios, no sentido de descobrir o que é a verdade do ator, em cima da mentira da personagem. Este trabalho tem a ver com algumas das coisas que são fundamentais na formação dos intérpretes. Mas, depois, a ideia de partilhar esta espécie de exercício, abrir as portas, com o público, pode ser gratificante”, referiu o ator e encenador.
O “Pequeno Retábulo”, de García Lorca, pelo Teatro das Beiras, e o “O Último Julgamento”, de Ricardo Alves, apresentado pelo Teatro Regional da Serra de Montemuro, são outras as peças incluídas no programa.
Com duas sessões marcadas para o dia 15, o Teatro Plage apresenta “Lullaby”, um espetáculo para bebés da autoria de Paulo Lage.
A 4ª edição do festival termina com os Bonecos de Santo Aleixo, pelo CENDREV – Centro Dramático de Évora.
Todos os espetáculos terão conversas pós-espetáculos, muitos terão tradução em língua gestual portuguesa e outros poderão ser “vistos com as mãos”.