A peça “Falar a verdade a mentira”, com encenação de António Capelo vai abrir a quarta edição do Festival de Teatro de Viana do Castelo, que decorre de 10 a 18 de novembro. Face às novas medidas restritivas devido à pandemia, todos os espetáculos noturnos iniciam-se às 21h00.
Os espetáculos dividem-se pela sala principal do Teatro Sá de Miranda, pelo espaço no Café Concerto e pela Biblioteca de Viana do Castelo, onde será instalada a obra artística “Traços Inquietos”, de João Ricardo Oliveira e ainda decorrerá uma conferência com as investigadoras Ângela C. e Dália Dias sobre o percurso daquele artista vianense e sobre Ruben A.
O “Falar a Verdade a Mentira”, texto de Almeida Garrett é a 144.ª criação do Teatro do Noroeste-CDV, e vai abrir o festival, no dia 10, às 21h. Como referiu o encenador, há dias, na apresentação à imprensa, a peça “é uma espécie de exercício que fazemos, virados para nós próprios, no sentido de descobrir o que é a verdade do ator, em cima da mentira da personagem”. António Capelo considerava que “este trabalho tem a ver com algumas das coisas que são fundamentais na formação dos intérpretes. Mas, depois, a ideia de partilhar esta espécie de exercício, abrir as portas, com o público, pode ser gratificante”, referiu.
O “Pequeno Retábulo”, de García Lorca, pelo Teatro das Beiras será apresentado no dia 11, às 17h30 e 21h00. O “O Último Julgamento”, de Ricardo Alves, apresentado pelo Teatro Regional da Serra de Montemuro, sobe ao palco no dia 12, às 21h00.
O festival vai ainda apresentar “O Sítio”, da Companhia da Chanca, de André Louro e Catarina Santana, nos dias 13 e 14. A Companhia de Teatro de Braga apresentará também no dia 13 de novembro, “A Criatura”, a partir de Henrik Ibsen.
“Ermelinda do Rio”, uma peça encenada e interpretada por Maria João Luís subirá ao palco do Teatro Sá de Miranda no dia 15, às 21h00.
O programa inclui ainda os espetáculos, “O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá”, sobre Jorge Amado, pelo Teatro do Noroeste – CDV, “Silêncio” pela companhia Um Coletivo, resultante da residência artística em O Espaço do Tempo, em Montemor-o-Novo, e “Veneno”, de Cláudia Lucas Chéu, pelo Teatro Nacional 21, com direção de Albano Jerónimo.
A quarta edição do festival termina com os Bonecos de Santo Aleixo, pelo CENDREV – Centro Dramático de Évora.
Além dos espetáculos, há ainda uma residência artística, lançamento de livros e outras atividades que decorrer em vários espaços da cidade.