Grupo Folclórico está de luto – Abílio Costa partiu

No pretérito dia 6 de dezembro, Abílio da Assunção de Oliveira e Costa, diretor do Grupo Folclórico de Santa Marta de Portuzelo desde a sua reativação, no ano de 1972, partiu para a eternidade. Deixou uma história feita de determinação, a nível empresarial, na construção civil e obras públicas e a nível cívico, assumindo-se como elemento fundamental na salvação daquilo que melhor nos identifica e orgulha, o Grupo Folclórico de Santa Marta de Portuzelo.

Na circunstância vivida à data não o fez sozinho, é um facto, mas teve a abnegação e coragem para assumir a liderança, enquanto a vida o permitiu. Vida em que nunca se acomodou, antes se revelou ainda disponível para servir a comunidade, assumindo-se como sendo a “tábua de salvação” da oposição democrática de Santa Marta de Portuzelo, ao encabeçar a Lista B às eleições para a Junta de Freguesia, que venceu, em 1973, para enorme satisfação do saudoso António Sordo e todos quantos alimentavam, na freguesia (como no país) a esperança no derrube do regime opressor.

Foi lindo, porque era esse o adversário e mais ninguém. Semeou amizades e era agradável a sua presença, de conversa e convívio fácil. «Cremos que no horizonte do homem existe um sol que ilumina para sempre», diz o papa Francisco, numa das catequeses sobre a Esperança Cristã, in Alegres na Esperança (Paulus Editora). Esse sol iluminou o Abílio na prossecução de objetivos elevados, que atingiu. Que os amantes do folclore o imitem, para que a semente germine e possam usufruir de situações como a que a foto documenta. São os votos de A Aurora do Lima, acompanhados de sentidas condolências para todos os familiares, amigos e elementos do Grupo Folclórico. Solidários com todos eles, reproduzimos na íntegra a nota de pesar subscrita pelo Grupo, lida na missa exequial:
«Ficamos mais pobres.

A figura, a voz inconfundível, a palavra do Homem que tantas vezes tinha a sua como última, deixa-nos hoje com a angústia de não o podermos voltar a ver ou ouvir.
Homem de causas, de convicções, mostrava-se sem medos face às adversidades e provações que lhe surgiam, com a força e vontade que só os audazes possuem. De mangas arregaçadas, foi desde 1972 o acérrimo defensor da identidade do Grupo Folclórico de Santa Marta de Portuzelo enquanto Abílio Costa, o Diretor.

Mas toda a imagem de Homem de Ferro se desvanecia no olhar que brilhava quando se falava da sua terra, Santa Marta, e do seu Grupo Folclórico, que acompanhou pelo mundo fora sempre e enquanto lhe foi possível. Hoje a dor e as lágrimas falam mais alto, com o sentimento de perda que nos envolve.

Resta-nos a certeza e a promessa de que os seus ensinamentos e a sua Obra não se perderão. As saudades já são muitas, mas a memória perdurará.
Até sempre e obrigada Sr. Abílio.

O sempre seu, Grupo Folclórico de Santa Marta de Portuzelo.

FALECIMENTOS
Desde agosto até ao dia 09 do corrente, precederam-nos na partida para a eternidade: no mês de agosto, dia 01, Manuel Borlido Alves (59 anos); dia 04, Iria da Costa Parente (96); dia 29, Maria Pereira Araújo Meixedo (76). Em setembro, dia 07, Manuel Joaquim Rodrigues Pereira (68); dia 11, Carlos Casimiro da Costa Ferreira (86).

Em outubro, dia 13, António Borlido da Cruz (77); dia 30, Domingos Gonçalves da Torre Martins (76). Em novembro, dia 17, José Albino Pereira Franco (60); dia 27, João Gonçalves da Cunha (61); dia 30, Maria da Glória Martins Rodrigues (86). Em dezembro, dia 2, Maria da Conceição Araújo (86); dia 06, Abílio da Assunção Oliveira Costa (91) e dia 09, José Francisco de Carvalho Araújo (72). Às famílias enlutadas e amigos, apresentamos solidariedade na dor.

NATAL SOLIDÁRIO
A pandemia impediu o habitual Concerto de Solidariedade “NATAL SOLIDÁRIO”, mas não impede que as pessoas continuem a alimentar o verdadeiro espírito natalício na partilha solidária com aqueles que mais precisam. Com efeito, há várias ações concertadas, como o “Pinheirinho” na igreja paroquial, onde se depositam bens diversos que o Movimento de Caridade Cristã se encarregará de fazer chegar às famílias que apoia; o mesmo MC, para acudir às necessidades, recebe comparticipação monetária dos amigos inscritos e de todos os que se queiram inscrever como tal; há a Caixa Solidária, da iniciativa da Companhia de Guias e que está no alpendre da sede, junto ao adro, onde se depositam bens de primeira necessidade que vão sendo recolhidos por quem precisa; há a campanha do Banco Alimentar contra a fome e muitas outras iniciativas; e todas facultam a todos que juntem às luzes natalícias que nos envolvem mais uma, mas no coração, especial forma de dar brilho à ESTRELA do Presépio, que merece o esforço de ficar acesa todo o ano, porque todos os dias são Natal.

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