Num ano marcado pelos impactos sanitários, económicos e sociais da pandemia, foram recolhidas quase 10 mil toneladas de resíduos sólidos urbanos no concelho de Caminha e 311 toneladas de monstros. Relativamente a 2019, a recolha de resíduos sofreu um ligeiro decréscimo de 0,3%, mas a tonelagem de monstros que foram entregues pela população cresceu 244%.
Os números tornados públicos pelo Município de Caminha têm como fonte a Valorminho, que é a empresa responsável pela coleta, triagem, valorização e tratamento de resíduos urbanos no vale do Minho, tendo acionistas privados e os próprios Municípios da região.
Para Miguel Alves, “a estabilização da tonelagem de resíduos urbanos recolhidos é surpreendente num ano particularmente castigado pela falta de turistas e de atividade económica mas vem comprovar a nossa impressão de que, ao longo dos meses, tivemos muita gente nas casas de segunda habitação do concelho a passar os períodos de confinamento e, por isso, a produzir lixo doméstico”.
Na mesma linha, o presidente da Câmara Municipal de Caminha refere que “o acentuado crescimento do peso dos monstros recolhido, parece indicar que as pessoas, estando em casa grande parte do tempo, optaram por fazer limpezas profundas e verem-se livres dos monos que já não lhe faziam falta. Também aqui, a pandemia deixou a sua marca”, remata o autarca.
De acordo com os números da Valorminho, no concelho de Caminha, no ano de 2020, foram recolhidos 9.973.360 quilogramas de resíduos sólidos urbanos indiferenciados, a que se juntam 311.160 quilos de monos, bem como 454.320 quilos de vidro, 193.820 quilos de embalagens e 285.360 quilos de papel e cartão que seguiram para reciclagem. A recolha seletiva de 2020 teve um ligeiro decréscimo relativamente ao ano anterior.