Fronteiras mobilizam autarcas

Os autarcas do Alto Minho e da Galiza voltaram a contestar o encerramento das fronteiras. Na última sexta-feira, na “Ponte Velha” de Valença, pediram que os governos reavaliassem a situação. O governo de Espanha já confirmou o encerramento até dia 01 de março.

Atualmente só existe um local de passagem durante as 24h entre a Galiza e o Alto Minho, que é a Ponte Internacional de Valença. Os autarcas consideram que esta situação “potencia o aumento de contactos”, uma vez que no início da manhã e final da tarde há concentração de pessoas.

“O Governo diz que [o encerramento das fronteiras] é para prevenir os contágios, mas nós entendemos que se está a fazer o contrário, ou seja a potenciar contactos quando há ajuntamentos”, explicava aos jornalistas o presidente do Agrupamento Europeu de Coesão Territorial (AECT) Rio Minho. Fernando Nogueira, também autarca de Vila Nova de Cerveira, explicava que “eventualmente podemos intentar [uma ação] contra o Estado português por atentado à saúde pública”.

“Neste momento estamos a obrigar seis mil trabalhadores a atravessarem quase todos o mesmo ponto de fronteira… quando existiam oito pontos de passagem”, esclarece.

Acrescentando que os transtornos passam por questões físicas, mas também económicas. Os trabalhadores têm de se “levantar muito mais cedo para realizar dezenas ou até centenas de quilómetros a mais. Está a prejudicar a saúde física e psicológica de todos eles”, lamentou Nogueira.

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