No verão fico na sombra
De uma árvore envelhecida,
E, no silêncio da tarde,
Olho a natureza bonita,
Tão cheia de cores,
Tão cheia de vida…!
Sento-me no meu baloiço,
Que ganhei quando criança,
E lembro as mãos do meu pai
Cor da terra, cor do chão!
E baloiço num vai e vem
Sem fim, preso nos braços da árvore,
E no seu tronco rugoso
gravo palavras de vida
Que ontem estava florida
Mas hoje está despedida!
Tomás Veríssimo